Em vantagem sobre os polícias, quanto ao ritmo competitivo, por terem defrontado o Kaizer Chiefs da África do Sul, para a primeira “mão” da derradeira eliminatória da competição continental, os militares do Rio Seco assumem a condição de favoritos à conquista dos três pontos. Focado no sucesso continental, o português Paulo Duarte, novo timoneiro dos rubro e negros, adopta um discurso ousado, por confiar na capacidade da equipa, apesar de estar numa fase embrionária da evolução competitiva.
“A equipa está bem, consciente de que a Liga dos Clubes Campeões só a vamos ter daqui a 10/12 dias. Portanto, concentrados e focados no objectivo que é a abertura do nosso campeonato, neste jogo de terça-feira (hoje), contra o Interclube. A partir desse momento a única preocupação e intenção é estudar o Interclube. De forma que possamos começar bem e com triunfo o nosso campeonato”, afirmou.
O treinador disse que espera fazer algumas mudanças no “onze” lançado de início frente aos sul-africanos, sem precisar quantas. “Estou com alguma dúvida, mas não vai fugir muito da equipa que jogou na África do Sul. Isso garanto. Neste momento,não há motivos para fazer rotatividade em prol do cansaço, porque estamos habituados a jogar de quatro em quatro dias, de cinco em cinco dias. Fizemos uma pré-época assim. Salvo erro, jogámos de quatro em quatro dias, praticamente”.
A primeira equipa da época do 1º de Agosto foi formada por Neblu, Isaac (capitão), Bobó, Bonifácio e Natael, Jó, Herenilson, Mongo e Atouba, Mabululu e Brayan Moya.
Mais agressividade
Paulo Duarte assumiu a introdução de uma alteração ou outra, com base nos interesses da equipa. “Em termos competitivos, agressividade, seremos mais intimidativos, teremos mais posse de bola, porque sem bola não podemos ganhar. Eu costumo dizer aos jogadores que quem passa bem joga bem. Quem joga mal, normalmente não joga. Temos de ter qualidade de jogo. Para ter qualidade de jogo, temos de ter a bola connosco”, disse. Ainda a recuperar de lesão, o “capitão” Masunguna volta a falhar o compromisso dos tetracampeões do Girabola. “Foi a nossa maior perda. Perdemos um líder. Essa equipa precisa de líderes. Gostava muito de ter um líder na defesa, no meio campo e no ataque. O Dani é um desses líderes. Não vou arriscar. Não me interessa estar a perder jogadores de referência, por estar a forçar uma situação na qual não estão a 100 por cento. Não vamos correr esse risco. Vamos ser inteligentes, de forma a que possamos caminhar rapidamente para a forma física e futebolística”.
Fonte:JA