Garantido maior rigor com prazos de caducidade

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Os produtos com prazos vencidos ou em fase de caducidade e aqueles com qualidade duvidosa, geralmente vendidos sob promoção com baixa de preço, constam, neste momento, na agenda dos temas prioritários que a Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) assumiu na sua acção preventiva junto dos agentes comerciais pelo país.

No seminário que realizou, recentemente, em Luanda, a ANIESA e os parceiros assumiram o papel sensibilizador junto dos agentes económicos face à necessidade de o lucro não colocar em perigo a saúde pública.Na ocasião, o administrador da rede de Supermercados AngoMart, Amim Bagatharya, disse que a sua empresa cumpre com as regras implementadas pela Inspecção do Comércio.

“A AngoMart tem realizado também formações para aumentar os níveis de informação do seu pessoal e certificar-se da qualidade dos produtos, tendo para o efeito elegido o lema: todos para todos, todos os dias, com qualidade e atendimento de excelência”, afirmou.Por essa razão, adiantou o administrador, esta cadeia de supermercados criou uma área de atendimento e fornecimento de produtos de campo com qualidade, certificada pelas autoridades. Ainda assim, não deixou de apelar para a criação de um centro de toxicologia de forma a melhorar a certificação da qualidade dos produtos.

Já a gestora de segurança alimentar da Refriango, Jane Marques, disse que a sua unidade industrial prima pela segurança alimentar e que a unidade está certificada pela norma internacional ISO, tendo no ano passado transitado para uma nova versão sem quaisquer dificuldades.

“A Refriango sempre implementou processos de certificação e observa com cuidado as análises dos produtos químicos nacionais e internacionais em laboratórios acreditados. A finalidade é manter uma relação de confiança entre os parceiros e consumidores. Afinal, nossos produtos devem ser certificados nacional e internacionalmente, porquanto fabricamos água e outros produtos”, detalhou.

Produtos tóxicos

As enchentes actuais em várias unidades hospitalares do país podem ter na origem produtos tóxicos sobre os quais há a necessidade de alguma educação comunitária quanto ao eu uso, além de os operadores económicos serem chamados a pautar por um crescimento equilibrado e saudável, trazendo produtos de qualidade certificada.

Quem o disse foi o director do Centro Médico de Atendimento Toxicológico (CEATOX) de Luanda, André Neto, durante o seminário sobre toxicologia nas empresas, numa parceria com a ANIESA (Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar).

André Neto afirmou existirem vários produtos tóxicos, por via dos brinquedos, pelo facto destes serem derivados do petróleo, utilizado para dar cor e cheiro, produtos que liberta com o decorrer do tempo.Segundo disse, o contacto de uma criança com tais objectos pode comprometer o seu desenvolvimento e resultar em problemas como as insuficiências, atraso mental, fraca assimilação académica ou mesmo infertilidade já na vida adulta.

“Muitos não são brinquedos inofensivos. Podem ser veículos de agentes tóxicos”, declarou.O seminário foi criado com o objectivo de melhorar a inspecção e a supervisão na caducidade dos produtos, uma vez que em vários mercados quando o produto está perto de perder a validade, os proprietários baixam os preços.

Para o director André Neto, os rios Kwanza e Lucala são fontes tóxicas, pelo facto de as fábricas depositarem neles grandes quantidades de resíduos. Por isso, o apelo que faz é que as empresas ou unidades fabris sejam sensibilizadas a cumprir com as normas do ambiente para maior protecção das populações.

Fonte:JA

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