Mais de 80 milhões de dólares foram disponibilizados pelo Fundo Global para ajudar no combate à malária, tuberculose e VIH/Sida em Angola, disse, ontem, em Luanda, o representante da ONU/SIDA.
Michel Kouakou, que falava durante a abertura do workshop nacional sobre saúde comunitária em Angola, acrescentou que o financiamento servirá para apoio técnico, laboratorial, aquisição de medicamentos, bem como resolução de problemas sanitários nas comunidades.
O financiamento, referiu, foi concedido no passado dia 1 e, durante três anos, será aplicado nas províncias de Benguela e Cuanza-Sul, com o objectivo de expandir o diagnóstico, os testes e o tratamento.
Segundo Michel Kouakou, como parceiro do Estado, a ONU/SIDA está preocupada com as doenças comunitárias, nessa fase difícil da pandemia da Covid-19, havendo a necessidade de se consciencializar a sociedade sobre questões sanitárias.
O presidente da Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida (ANASO), António Coelho, responsável pela realização do workshop, disse que o evento, sob o lema “O impacto da Covid-19 na saúde comunitária em Angola”, vai durar três dias.
António Coelho sublinhou que o encontro pretende analisar o actual momento da saúde comunitária em Angola em tempos de Covid-19 e encontrar caminhos para dar resposta aos principais constrangimentos identificados.
O responsável referiu que o país vive momentos difíceis relacionados com o aumento de casos e morte provocados pela malária, tuberculose, VIH/SIDA e Covid-19 e que a saúde comunitária busca a resolução dos problemas que influenciam a vida das pessoas num contexto geográfico, social e familiar.
O workshop conta com cerca de 50 participantes das 18 províncias, entre os quais representantes da sociedade civil e actores chave na abordagem da saúde comunitária em Angola.
Para a realização do encontro, a ANASO contou com o financiamento da WVISION e apoio do Governo de Angola, do Sistema das Nações Unidas e de organizações nacionais e internacionais.
A sessão de abertura contou com a presença de Lúcia Furtado, representante da ministra da Saúde, que referiu que o Governo, através do Instituto Nacional de Luta contra o SIDA, tem como prioridade a conclusão das metas que visam combater e evitar a propagação da malária, tuberculose e VIH/Sida.
Lúcia Furtado acrescentou que o encontro surge para melhorar a qualidade de vida das populações nas comunidades.
Fonte:JA