A Procuradoria-Geral da República regista, em média por mês, na província do Cuanza-Norte, 30 casos de fuga à paternidade, falta de prestação de alimento e abandono de lar, informou em Ndalatando a procuradora provincial, Trifénia Ribeiro.
A magistrada, que falava numa palestra sob o tema “Fuga à Paternidade, Prestação de Alimento e suas consequências”, frisou que agentes e militares dos órgãos de Defesa e Segurança e professores figuram entre os principais incumpridores.
Segundo Trifénia Ribeiro, o comportamento dos infractores deve-se à falta de coabitação dos acordos dos direitos do dever paternal, estabelecimento de filiação, e a fuga do direito à educação escolar, defendendo a continuidade das campanhas de sensibilização para estimular a cultura de denúncia.
“A falta de um membro na família, particularmente o pai, pode causar à criança um desvio de conduta, criando um sentimento de rejeição por todos que a rodeiam, provoca traumas e reduz a auto-estima em tudo que ela faz, deixando-a vulnerável a diversas situações”, frisou.
Ao tomar da palavra, o director dos Recursos Humanos da Delegação Provincial do Ministério do Interior, Nelson Cuassula, disse que, por semana, são registados cerca de quatro reclamações relacionadas a questões familiares, número que considera “irrisório” em face aos casos reportados por outras vias.
Nelson Cuassula notou que as violações em causa são praticadas pelas mesmas pessoas, esclarecendo que o seu pelouro envia os processos ligados a violações à Direcção Nacional, que os encaminha para o Mi-nistério das Finanças para os respectivos descontos.
Na palestra participaram oficiais e trabalhadores civis dos órgãos afectos ao Ministério do Interior.
Fonte:JA