O Fórum de Mulheres Jornalistas para a Igualdade do Género (FMJIG) promoveu nesta quinta-feira, 4 de Janeiro, no município de Cazenga, em Luanda, um workshop que visou impulsionar o empreendedorismo feminino como factor de desenvolvimento.
Por: Marieta Remigio e Simão Simões
Após várias discussões sobre os problemas sociais e dificuldades que as mulheres enfrentam na sociedade, as senhoras presentes no certame concluíram que a saída, passa pela aposta no empreendedorismo feminino, como forma de empoderar as mulheres através do auto emprego.
Na ocasião, Maria Júlio, Coordenadora da Rede de Desenvolvimento do Gênero do Cazenga, frisou que esta iniciativa enquadra-se no insentivo à participação das mulheres para contribuirem na economia do país.
Para os prelectores Alcides Chivangu, Psicopedagogo e Maria Júlio, o worksop sobre igualdade de género e inclusão social e económica das mulheres visa apontar algumas alternativas de empregabilidade, visto que possuir um currículo competitivo nos dias de hoje, não está ao alcance de todos atendendo as exigências do mercado, sobretudo com a globalização.
Ana Campos, representante da Associação Ponta da Esperança, ressaltou a participação activa das
mulheres que outrora sentiam-se intimidadas em partilhar as suas experiências de empoderamento nos negócios.

Muitas dessas mulheres enfatizou, ganham a vida com os negócios dentro dos centros e associações e conseguem empregar outras mulheres.
“O empoderamento é visível nas mulheres na província de Luanda, porque hoje já temos mulheres que auto sustentam-se com os seus negócios, mas a entrada para o mercado ainda não é fácil devido a competitividade e a subida dos preços”, justifica referindo haver muita dificuldade em manter os seus negócios.
Maria Júlio, reconhece por outro lado, haver sim, um certo empoderamento das mulheres na capital, mas adverte para a necessidade de dominarem as técnicas e metodologias para obter e manter o capital.
“Umas dão passos e depois recuam enquanto, outras dão passos longos que até arriscam a própria vida”, sustenta sublinhado que é preciso criar o gosto pela leitura, para a sua profissionalizado frequentando vários cursos básicos como de estética, educadora de infância e pastelaria.
A actividade contou com cerca de 30 membros de organizações da sociedade civil que trabalham pelo desenvolvimento comunitário, entre elas, a rede de organizações de base APDCH, a Associação Ponta da Esperança, Associação da Promoção da Mulher (Apromuc) entre outras.