Especialista propõe satélite na Agricultura

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O uso de satélites no sector agrícola permitirá o cumprimento da estratégia “Fome zero, Agriculta 100 por cento”, que o país subscreveu, para até 2050.

Num artigo publicado, hoje, no Portal de Tecnologia de Informação, Marco Romero considera que a procura e os problemas fazem com que a agricultura em Angola não seja sustentável. 
Esta observação está alinhada à experiência de mais de seis anos a desenvolver e a integrar tecnologia aeroespacial para a resolução de problemas diários, fazendo com que apresentasse uma solução, onde junta o uso de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), Sensoriamento Remoto (SR), Sensores e Actuadores de Sistemas da Internet das Coisas (IoT) bem como as Infra-estruturas de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) para melhorar a cadeia de produção, escoamento e consumo de bens agrícolas.

Marco Romero reconhece não ser esta a única e nem a mais completa das soluções para resolver todos os problemas do sector agrícola. Porém, justifica, o foco é apresentar apenas uma das inúmeras soluções com as quais Angola já pode contar e desta forma demonstrar que existem oportunidades, que os problemas e soluções estão devidamente identificados e existe potencial humano e técnico para resolvê-los.

Dados aeroespaciais

Segundo apresenta, existem em Angola, várias empresas a usarem imagens e outros dados aeroespaciais de satélites para resolver inúmeros problemas na terra, que somente com a visão privilegiada dos céus se consegue resolver. 

São os casos das start-up “Humbitec” e “All4Innovation”, que têm apresentado soluções práticas e efectivas, como o sistema integrado de informação e gestão geográfica, uma plataforma que envolve produtores, distribuidores e retalhistas para a optimização de colheitas, distribuição, regulamentação de preços e aumento da segurança alimentar.

Organização de equipas

A nível governamental, explica, essa plataforma auxilia na criação e organização de equipas de apoio aos produtores, para garantir a qualidade das colheitas bem como efectuar a certificação de produção com medições da qualidade do ar, água, solo e produtos; e apoia a criação de associações de agricultores para produções uniformes e optimizadas aos tipos de solo.

“Muito se tem dito sobre o uso de satélites na agricultura. No entanto, as abordagens têm um pendor teórico e generalista, que acaba por não dar esperanças sobre o quão exequível ou real é este tipo de solução. Mais uma vez, a melhor maneira de dirimir essas questões passa por olharmos para a realidade local e trazer soluções de uso dos satélites em Angola”, disse.

Esta técnica funcionaria, explica Marco Romero, desde que sejam integrados três níveis essenciais: produtores, distribuidores e retalhistas.

Fonte:JA

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