Endiama projecta produção de vinte milhões de quilates

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A Endiama projecta uma produção anual de 20 milhões de quilates dentro dos próximos cinco anos, ao mesmo tempo que implementa um processo de reestruturação a antecipar uma oferta pública inicial proposta (IPO) para uma privatização parcial do capital, de acordo com informações publicadas pela “Rapaport News”, a publicação de um grupo internacional de companhias diamantíferas.

“Estamos a trabalhar para que a Endiama se dedique exclusivamente ao seu ‘core business’ de mineração, com discussões em curso para privatizar parte da empresa,” disse o presidente do Conselho de Administração da companhia, Ganga Júnior, numa entrevista ao “Rapaport News” durante a Angola International Diamond Conference em Saurimo, na semana passada .

De acordo com o líder da diamantífera angolana, “a Endiama é 100 por cento estatal e nos foi confiada a privatização de até 30 por cento por meio de uma listagem de acções”, esperando-se que a empresa esteja pronta para ser cotada na Bolsa de Valores e Dívida de Angola até 2023. Neste momento, está a trabalhar para adicionar os activos certos ao seu portfólio de forma a maximizar o seu valor.

Parte do desafio, observou, é dissipar a noção de que a Endiama ainda representa todo o sector de diamantes de Angola. A empresa já foi responsável por todo o espectro do sector, incluindo a emissão de licenças e concessões, exploração, produção e comercialização.

Reformas recentes permitiram que a Endiama se concentrasse exclusivamente na mineração, com o Governo a criar uma agência separada para actuar como concessionária e lidar com o licenciamento, enquanto uma nova estrutura de vendas também foi implementada.

As mineradoras devem vender 20 por cento da produção à Sodiam, a empresa de comercialização de diamantes brutos, e outros 20 por cento a lapidadores nacionais, deixando os 60 por cento restantes disponíveis para vendas no mercado mais amplo.  O país também está a estabelecer um centro de lapidação e comércio em Saurimo para agregar valor à crescente produção bruta.

A Endiama está à procura de investidores para projectos de mineração, o que inclui 200 milhões de dólares para a mina Luaxe, que deve começar a produzir no próximo ano, requer 250 milhões de dólares para o desenvolvimento do kimberlito Sangamina e 30 milhões para o projecto aluvionar de Luachimba, disse administradora de Geologia e Desenvolvimento Mineiro da Endiama, Ana Maria Feijó, citada pela publicação.

Segundo a fonte, os negócios da Endiama estão a atrair interesse. A russa Alrosa detém uma participação de 41 por ceno na mina principal do país, Catoca. Em Outubro, a Rio Tinto concordou em adquirir uma participação de 75 por cento no programa de exploração de Chiri numa “joint-venture” com a Endiama.

A diamantífera nacional também está a negociar uma parceria com a De Beers, prevendo assinar um acordo no próximo ano, disse Ganga Júnior. “Precisamos ter  operadores bons e  com boa reputação, porque a sua presença significa a implementação das melhores práticas”, enfatizou.

Embora esses acordos de exploração forneçam uma base para a produção futura, o país estabeleceu uma meta de atingir uma produção anual de 20 milhões de quilates em cinco anos, disse Ganga Junior.

A mina do Luaxe aumenta a produção, adicionando um milhão de quilates no próximo ano antes de aumentar a produção nos anos seguintes. Esse local pode ser potencialmente maior do que Catoca, de acordo com geólogos na conferência.

A produção da Endiama caiu 11 por cento, para 7,9 milhões de quilates em 2020, mas voltou aos 9,1 milhões de quilates este ano, projectando uma produção de 10,1 milhões de quilates e receitas de 1,4 mil milhões de dólares em 2022.

Fonte: JA

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