Mulheres empresárias manifestaram, terça-feira (08), o interesse em integrar a rede de distribuidores dos produtos fabricados na Sociedade de Desenvolvimento da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, para os mercados de consumo.
A revelação foi feita pela secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher, Elsa Barber Dias dos Santos, no final de uma visita que efectuou a três unidades fabris instaladas na ZEE, na companhia de representantes da Federação de Mulheres Empreendedoras de Angola (FMEA), no âmbito das acções do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 que visam a Promoção de Género e o Empoderamento da Mulher, assim como a sua integração plena na vida económica, financeira e profissional.
Elsa Barber disse, à imprensa, que a pretensão foi apresentada aos gestores das unidades visitadas, e do contacto mantido nas instalações fábricas foram identificadas algumas áreas de investimento, sendo a mais atractiva a alimentar, para o escoamento dos produtores para os armazéns, mercados e retalhistas.
Segundo a governante, as mulheres empreendedoras vêm, também, com bons olhos, a aposta na indústria de detergentes, com quem pretendem dialogar para, no futuro, pensar em iniciativas de produção de essências com produtos locais para as fábricas.
Do contacto foi possível, ainda, aferir novas oportunidades de negócio e de empregabilidade para mulheres, por formas a porem em prática as suas habilidades e valores, e, por esta via, darem dignidade às suas famílias.
De acordo com a governante, no actual contexto imposto pela Covid-19, sobretudo em África, as mulheres e crianças estão cada vez mais expostas à situação de vulnerabilidade, daí urge toda a necessidade de se reinventarem, com projectos que promovam a inclusão produtiva e geração de renda, bem como novas oportunidades de crescimento colectivo ou individual que visam devolver a dignidade às mulheres e às respectivas famílias.
A presidente da FMEA disse esperar mais abertura das fábricas instaladas na ZEE, para que as associadas possam beneficiar das valências que as unidades fabris oferecem.
Francisca Fortes afirmou que, caso sejam celebrados acordos, haverá benefícios mútuos, pois a associação que dirige é integrada por mulheres com elevada experiência no empresariado nacional e regional.”Podemos ajudar a abastecer o mercado interno, e o exterior, com preços mais acessíveis, por formas a ajudar o consumidor final, mas é necessário que as fábricas estejam abertas a propostas e interajam com os comerciantes grossistas para que consigam adquirir os produtos”, disse.
Carla Vicente, administradora executiva da ZEE, referiu que foi criado naquele espaço um gabinete de responsabilidade social que incorpora valores e práticas que visam a equidade no género e o empoderamento das mulheres. A ideia é que se garanta que “homens e mulheres sejam tratados de forma justa e sem discriminação, de formas a promoção da igualdade de género”.