Moçambique: Embaixador de Angola garante que tem dado assistência a Man Gena

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Embaixador de Angola em Moçambique, João Manuel. (DR)

Em declarações à DW, o embaixador de Angola em Moçambique, João Manuel, nega as alegações do activista angolano Man Gena, refugiado em Maputo com a família desde Fevereiro, sobre a não prestação de apoio da Embaixada.

Nas redes sociais, o denunciante angolano Eugénio Quinta, mais conhecido como “Man Gena”, acusou a representação diplomática de Angola em Moçambique de não o apoiar.

“Ninguém contactou a Embaixada a dizer que ele precisava de ajuda. Só recorreu à Embaixada depois que teve o problema e foi retido pelas autoridades moçambicanas”, afirmou o diplomata à DW, à margem do Conselho Consultivo alargado do Ministério das Relações Exteriores, na quarta-feira, 12 de Abril.

“Mas, ainda assim, nós mandamos diplomatas para lá, que foram e continuam acompanhar o caso até hoje”, acrescentou.

O activista angolano está refugiado em Moçambique desde finais de Fevereiro, com a família, por alegadas ameaças de morte, em Angola, após ter denunciado o envolvimento de altas figuras da Polícia Nacional no tráfico de droga.

“O apoio que nós temos estado a prestar é apoio jurídico, contactando as autoridades para saber como é que o problema pode ser resolvido. Mas, infelizmente, o Man Gena entrou em Moçambique de uma forma ilegal”, lembra o embaixador.

Man Gena e a sua família. (DR)

Morte da filha recém-nascida em Maputo

Num vídeo publicado no passado domingo, 09 de Abril, no Youtube, a mulher de Man Gena acusou o Hospital Central de Maputo (HCM) de matar a bebé recém-nascida do casal, que está sob custódia em Moçambique.

Clemência Suzete Vumi responsabilizou os médicos pela morte da bebé recém-nascida, a 7 de Abril, dois dias após o nascimento no HCM.

Citado pelo jornal O País, Agostinho Daniel, director do Departamento de Ginecologista e Obstetrícia do Hospital Central de Maputo, rejeitou as acusações e garantiu que “tudo foi feito seguindo os protocolos clínicos” para salvar a bebé e a mãe, que entrou no hospital “com uma complicação obstétrica, que afectava uma gravidez ainda prematura”.

Na semana passada, um grupo de deputados da UNITA, o maior partido da oposição angolana, que visitou Maputo em Março, disse em conferência de imprensa que Man Gena “teme envenenamento alimentar” em Moçambique.

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