Edições Novembro lança jornal infantil em breve

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O presidente do Conselho de Administração da Edições Novembro anunciou, ontem, na cidade de Moçâmedes, província do Namibe, a criação, em breve, de um jornal infantil, denominado “Candengue”, para que as crianças ganhem o hábito pela leitura e pelo conhecimento.

Drumond Jaime, que intervinha na cerimónia de relançamento de um dos títulos regionais, o “Ventos do Sul”, afirmou haver outros desafios nos próximos dias, acrescentando que ainda existe uma lacuna no jornalismo feito para as crianças.
“Vamos, nos próximos meses, lançar um jornal infantil, para que as crianças ganhem o hábito de ler o jornal”, disse, esclarecendo que o referido jornal vai começar certamente por um suplemento ao fim-de-semana.

O PCA da Edições Novembro realçou que de toda a comunicação social existente “o jornal é que fixa o conhecimento”, justificando que, quer na Rádio, quer na Televisão a circulação do conhecimento passa em poucos segundos ou minutos, mas no jornal fica. “Os mais velhos dizem: as palavras voam e o que está escrito fica”.  
Drumond Jaime disse esperar que as crianças da província do Namibe participem no jornal infantil a ser criado pela Edições Novembro.

Na apresentação do relançamento do Jornal Ventos do Sul, Drumond Jaime pediu a colaboração do governador da província, Archer Mangueira, que por sinal é um “grande colaborador da empresa Edições Novembro”, onde tem escrito artigos fundamentais de opinião, para a formação e circulação de ideias estruturantes para Angola. “Gostaríamos que o excelentíssimo senhor governador contribuísse também para o Jornal Ventos do Sul”.

O responsável máximo da Edições Novembro revelou que a empresa está agora com 11 títulos em circulação, em seis meses, saindo de um (o Jornal de Angola), fruto da particular importância que tem sido dada aos jornais regionais, por se achar que há um grande potencial nas diferentes regiões do país, que não é explorado por falta de espaço no jornal diário.

Explorar o potencial existente

Drumond Jaime reconhece haver um potencial jornalístico, formador de opinião fora de Luanda, que pode potenciar e fazer circular conhecimentos em Angola e não só.   
Disse que o Jornal Ventos do Sul vai ser um veículo de comunicação da governação com os governados da região e também dizer ao país e ao mundo o que é que está a ser feito nas diferentes regiões de Angola.

“É preciso divulgar o potencial político, económico e cultural da província. Sabemos que o Namibe é estudado, por exemplo, do ponto de vista da história, por grandes figuras mundiais. E aqui o que é que sai, o que é que circula, qual é o conhecimento produzido aqui?, interrogou-se, referindo, de seguida, que existe esse conhecimento e é preciso fazê-lo circular também no jornal.

Acrescentou que o Ventos do Sul vai necessariamente ajudar na circulação de conhecimentos, quer do potencial económico, quer do turístico e cultural da província do Namibe e também das outras do Sul, nomeadamente Cuando Cubando e Cunene. 

“Nós, Edições Novembro, vamos continuar com o esforço de desenvolver o jornalismo em Luanda e fora dela, porque o país não pode ser só a capital, o conhecimento não pode ser só aquele produzido em Luanda”, finalizou Drumond Jaime.

Fluir a comunicação 

O governador Archer Mangueira agradeceu a Edições Novembro pela iniciativa do relançamento do jornal, pela importância que certamente vai representar para todos os namibenses e residentes da região Sul. 

Para o governante, o jornal vai certamente permitir que a “nossa região, particularmente a província do Namibe, seja melhor conhecida”, destacando os pilares integrados que podem vir a ser uma referência para o desenvolvimento nacional, no caso o mar, com um potencial enorme, principalmente os recursos marinhos e não só, o potencial da terra, geológico mineiro e também o pilar da biodiversidade e do deserto, que devem ser divulgados e conhecidos além-fronteiras.

Assegurou que, com estes pilares integrados, pode-se constituir uma região especial em termos de desenvolvimento do país e que, havendo um meio de comunicação, como o Ventos do Sul, a comunicação vai, certamente, fluir melhor e permitir que a cultura da região seja mais divulgada.

“Como se diz, um povo informado é um povo evoluído e quanto maior for a crítica maior será a capacidade de fazermos acontecer aqui na província do Namibe”, concluiu Archer Mangueira, que aproveitou a oportunidade para felicitar o Conselho de Administração da Edições Novembro pelo relançamento, prometendo o engajamento e empenho do Governo Provincial,  para que o Ventos do Sul possa, também, competir com os demais e ser um jornal de destaque no país.

Fonte:JA

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