O treinador adjunto e porta-voz da Selecção Nacional, Edgar Neto, considerou difícil o jogo contra a Tunísia, mas confessou que já esperava encontrar aquele cenário, por conhecer bem o adversário cuja equipa júnior se sagrou campeã africana no Níger.
Prosseguindo, disse que a selecção estava sobreaviso e preparada para contornar eventuais dificuldades que, certamente, a opositora haveria de apresentar.
“Estávamos à espera destas dificuldades, que se acentuaram pelo facto de termos tido pouco tempo de treino. Mas, preparamos a equipa para aquele desafio sabendo das dificuldades”.
O treinador sublinhou que em momento algum pensou que perderia a partida, por ter sido feito um trabalho para as pontas finais de jogos difíceis.
“Sabíamos que não seria fácil, a Tunísia tem uma excelente equipa que já trabalha junta há algum tempo. Também nos preparamos para este tipo de pontas finais e as jogadoras corresponderam”.
Sobre o jogo da final disse: “vamos trabalhar a partir desse momento que chegamos a este patamar. Temos de fazer o estudo do adversário para estarmos bem na final e não deixarmos os nossos créditos em mãos alheias, e claro, queremos ganhar. Confiamos nestas guerreiras cujo espírito é de Nginga Mbandi, e vamos trabalhar para que possam fazer valer os valores nacionais”.
Albertina Kassoma, em nome do grupo, disse que “foi realmente um jogo difícil. Elas têm um grupo muito forte, estão juntas há muito tempo. Mas, mostramos que somos mais fortes”.
“Queremos jogar e ganhar a final e levar o troféu definitivamente para casa. Este é o objectivo para o qual trabalhamos”.
O treinador da Tunísia, Ben Amor Moez, em prantos, rendeu-se às evidências, considerando que Angola tem uma equipa muito forte e com grande experiência internacional.
“As minhas atletas não souberam conter a emoção e controlar a partida nos momentos cruciais, desconcentraram-se e não conseguimos. Sabemos que num futuro muito breve vamos continuar a trabalhar, e vamos chegar lá. O importante agora e estar no pódio”.
Amândio Clemente | Yaoundé
Fonte:JA