A reflexão que trazemos hoje, é em torno do “GAME”, expressão actualmente usada pela malta jovem para “camuflar ou tentar modernizar” a prostituição!
Por: Clara Malaquias.*✍🏾✨
O comodismo e o imediatismo estão na base, na maior parte dos casos. Para uns, “SER DO GAME” é mera opção, para outros “justificativa” para a falta de emprego ou até mesmo de oportunidades. Pelo A ou pelo B, reconheça-se, o cenário actual é preocupante!
A mulher angolana é conhecida pela sua bravura, determinação e criatividade. E aqui, o devido reconhecimento e vênia às nossas mães e avós, que, ainda que, solteiras, abandonadas ou sem quaisquer “condições financeiras”, não permitiam que faltasse pão à mesa e ainda que faltasse, não vendiam os corpos.
Ser quitandeira, lavadeira, doméstica ou agricultora, não era vergonhoso, vergonhoso e humilhante era perder a dignidade e o respeito na sociedade.
Ora vejamos, se naquela altura, e diga-se, num contexto bem mais difícil, foi possível mulheres sustentarem os seus filhos, cobrirem as despesas da casa, coadjuvarem os maridos, criarem pequenos negócios, etc, hoje, com as TIC’s, é possível fazer muito mais.
SIM É! O grande problema é querer tudo _pra ontem_ e sem qualquer sacrifício.
Nos dias de hoje, existem também muitas jovens que, com pouco, conseguiram e conseguem alcançar os seus objectivos, suprir as suas necessidades e caprichos sem ter que vender ou expor fotos e vídeos íntimas nas redes sociais, ou até mesmo dar o golpe do baú à um “sugar daddy”.
Portanto, ser do Game não pode ser objectivo de vida. DIGNIDADE DE UMA MULHER NÃO TEM PREÇO E ISSO NÃO É DISCUTÍVEL.
O apelo é extensivo. Famílias, escolas, sociólogos e psicólogos, igrejas, OMA, LIMA, sociedade em geral, temos um grande trabalho pela frente. É preciso sensibilizar, moralizar, educar e reeducar, instruir e olhar com mais atenção para a jovem mulher, explorar e desenvolver as suas habilidades, criar mais oportunidades e assim, construir uma sociedade que, ainda que em meio à adversidade, não perca a sua identidade e integridade.