Dirigentes da Sonangol avacalharam António Mosquito e fazem de tudo para ficar com os “louros”

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Para se ter um empresariado nacional forte e activo precisa-se de empresários angolanos empenhados, motivados, devidamente apoiados pelas autoridades e não hostilizados, avacalhados e vítimas de indíviduos e interesses obscuros que apenas lesam o Estado angolano.

Francisco Manuel

O empresário angolano António Mosquito tem sido sistematicamente vilipendiado e impedido de trabalhar à sua vontade, tanto por manobras dilatórias como por campanhas de difamação, propositadamente engendradas por quem se vale da autoridade e/ou dos cargos que exerce, apenas para forjar esquemas para delapidar o erário público.

Por tais motivos, o empresário António Mosquito tem enfrentado diversos ataques que lesam o seu bom nome e a sua honra, sobretudo, o bom desempenho das suas actividades empresariais.

Um dos maiores dilemas do empresário começou em Novembro de 2006, com a aprovação do Decreto n.º 84/06 de um Contrato de Prospecção e Partilha de Produção do Bloco 15/06, onde a sua empresa Falcon Oil Holding S.A, detinha 5%.

Segundo notícias postas a circular então, no domínio do contrato de prospecção e «para fazer face às suas responsabilidades contratuais, a empresa investiu um montante de 84 milhões de dólares americanos. Infelizmente, em 2014, devido à crise financeira que diminuiu o fluxo de caixa do Grupo António Mosquito, e não só, a “Falcon” iniciou negociações com instituições bancárias nacionais e internacionais e, na mesma senda, negociou com a Sonangol, tendo esta garantido financiamento, por carta datada de 28 de Março de 2014 e assinada por Francisco de Lemos José Maria, então presidente do Conselho de Administração  (PCA) da Sonangol».

Na referida carta, o PCA da Sonangol assumia que «no seguimento de negociações mantidas entre a Sonangol E.P. e a vossa empresa no que se refere à solicitação de financiamento, vimos confirmar a disponibilização do montante correspondente às obrigações vencidas e vindouras até ao início da fase de produção do Bloco 15/06».

Diante da resposta favorável da petrolífera, a Falcon Oil poderia cumprir com as suas obrigações, pelo que suspendeu negociações com as demais instituições bancárias.

«O que o empresário António Mosquito não sabia, é que a promessa feita pelo então patrão da Sonangol, Francisco de Lemos José Maria, era apenas uma manobras que visava excluir a sua empresa “Falcon”, da exploração do Bloco 15/06, pois que, na altura, “os mandões” da Sonangol e a multinacional ENI já sabiam que o bloco era altamente rentável», referem as notícias.

 Importa destacar que a “Falcon” foi excluída do Bloco no acto de concertação entre a Sonangol e a ENI-Angola, de que se suspeita ter havido “micha” e interesses mesquinhos e lesivos ao Estado.

Enquanto isso, até ao presente momento, não houve qualquer acerto de contas, ou seja, a parte cabível à “Falcon” foi “abocanhada” por interesses de indivíduos bem posicionados, que nada investiram, mas que hoje são detentores de acções no sector dos petróleos e lucram milhões.

Sublinha-se que António Mosquito é o único empresário angolano que efectivamente investiu, com fundos próprios no sector petrolífero no país, facto este que pode ser confirmado pelos livros da própria Sonangol.

As notícias fazem referência também a um encontro  entre António Mosquito e o antigo PCA da petrolífera, Manuel Vicente, tendo este reconhecido a injustiça e alegou que, «há falta de vontade para a resolução do problema de forma extrajudicial», por parte de Paulino Jerónimo, PCA da Agência Nacional de Petróleo e Gás.

Aqui começou o “jogo do empurra”, ou seja, Manuel Vicente “atirou” a bola para  Paulino Jerónimo, começando a haver um baralhamento de culpas e competências no engodo criado contra António Mosquito.

Assim sendo, fruto da exclusão da “Falcon”, o Grupo António Mosquito viu-se compelido a intentar acções judiciais e fazer participações criminais  contra a Sonangol. Por conta disto, o grupo de “mafiosos” que excluiu a Falcon adoptou uma estratégia de ataques ao bom nome e à honra de António Mosquito.

«A história da exclusão da Falcon Oil do bloco 15/06 é exemplificativa de que a Sonangol não pode ser um ‘banco privado’ sem controlo, nem cumprimento de regras, com combinações opacas e obscuras, assim como com promiscuidades políticas e económicas. Como lição singela e fundamental deste caso, conclui-se que a Sonangol tem urgentemente de fazer um inventário e ir buscar onde quer que estejam os empréstimos milionários realizados por si a empresas de dirigentes, familiares, amigos e ‘testas-de-ferro’», alertam as notícias.

No caso concreto, questiona-se por que motivo a Falcon Oil não recebeu o financiamento, quando outros milhões ou biliões saíram arbitrariamente da petrolífera para outras figuras influentes e dirigentes? A situação de António Mosquito, empresário bem relacionado, é demonstrativa da forma caprichosa como o poder funciona(va). Uns recebem, outros não recebem, dependendo da vontade dos que se julgam “donos do país”.  

Este caso não pode passar despercebido tanto à Procuradoria Geral da República (PGR), que, como se sabe, está a realizar uma profunda investigação à Sonangol, mas também à Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), para se pôr cobro, com a maior urgência à “máfia” que continua a dominar o sector dos petróleos em Angola, principalmente no seio da Sonangol. Igualmente, o Chefe de Estado, João Lourenço, não pode continuar impávido e sereno perante estes crimes de lesa-Pátria que acabam por manchar a sua governação. Voltaremos com novos episódios desta “novela”.

Fonte:JA

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