“Diáspora afro-americana jogou um papel histórico”

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O ministro das Relações Exteriores, Téte António, reconheceu, ontem, em Luanda, que a diáspora afro-americana jogou um papel histórico para a conscientização dos povos africanos quanto ao seu direito à emancipação.

Ao discursar no encerramento da mesa-redonda virtual dedicado ao tema “O legado da escravidão para africanos e afro-americanos: património cultural”, Téte António referiu que os afro-americanos contribuíram para a aparição dos movimentos nacionalistas no continente, que originaram várias lutas pela autodeterminação e independência.
Durante o encontro, que serviu para homenagear os primeiros 20 escravos  provenientes de Angola há 402 anos, o ministro das Relações Exteriores considerou o evento carregado de esperança para o futuro, desejando que sirva de alicerce para a criação de uma maior sinergia e aproximação entre Angola e os Estados Unidos da América.

Disse, ainda, esperar que o encontro sirva para o estabelecimento de uma cooperação estreita e aprofundada em áreas chave como a Agro Indústria, Educação, Saúde, Turismo, entre outras. “Neste mês de Maio, em que também celebramos o Dia de África, gostaríamos de render uma vibrante homenagem aos milhões de mulheres e homens africanos, embarcados contra a sua vontade numa viagem para um destino totalmente desconhecido”, disse.O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, recordou que Angola foi uma das principais zonas de exportação de escravos em África. 

Ao discursar na cerimónia de abertura da mesa-redonda virtual, o ministro referiu que as relações diplomáticas entre Angola e os Estados Unidos, estabelecidas em 1993, ainda não exploraram aspectos histórico-culturais que unem os dois povos e países há quatro séculos.”Estamos convictos que os fundamentos históricos e aspectos culturais coincidentes podem emprestar um carácter muito especial às relações entre os dois países”, sublinhou.

O embaixador de Angola nos Estados Unidos, Joaquim do Espírito Santo, destacou o bom momento nas relações entre os dois países. O diplomata referiu que o encontro representa uma oportunidade para destacar o papel de Angola na História dos Estados Unidos, contribuindo para o aprofundamento contínuo das relações a nível diplomático, científico e cultural.Foram prelectores o PCA da Agência de Investimento e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX), António Henriques da Silva, o director do Museu da Escravatura, Vladmiro Fortuna e o professor Fernando Manuel, da Academia Diplomática. 

Fonte:JA

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