Desacerto defensivo dita fracasso do 1º de Agosto

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A falta de consistência defensiva deixou o 1º de Agosto praticamente arredado da fase de grupos da Taça da Confederação Africana, a segunda montra do futebol africano de clubes, ao ser goleado pelo Namungo FC da Tanzânia, por 2-6, ontem, na cidade de Dar es Salam.

Condicionados na discussão da eliminatória, devido ao cancelamento do jogo marcado para Luanda, há uma semana, por decisão das autoridades sanitárias angolanas, em resposta aos casos positivos de Covid-19 registados à chegada, na delegação tanzaniana, os militares do Rio Seco sucumbiram ao peso da fragilidade da equipa, com a alteração da “espinha dorsal”. 

A saída do guarda-redes Neblu, dos centrais Bobó e Bonifácio, do médio de ligação Mário Balbúrdia e do ponta-de-lança Mabululu, alegadamente por testarem reactivo à Covid-19, informação prestada, segundo o clube, duas horas antes do início do desafio, forçou a alteração da estrutura montada para a disputa dos primeiros 90 minutos de um apuramento a ser decidido na íntegra no reduto do adversário. 

A dupla de centrais formada pelo adaptado Macaia, recuado do meio campo, e Jó, pouco utilizado, acabou por criar uma avenida bem-explorada pela formação tanzaniana que, apesar da pouca publicidade no continente, tem mostrado competência futebolística na prova. 

Em clara tarde má, o 1º de Agosto escreveu o capítulo mais descolorido num percurso de quatro décadas nas Afrotaças. O golo do hondurenho Moya, na recarga de um penálti que desperdiçou, ainda criou a ilusão de que os remendos permitiriam almejar a conquista da qualificação fora de portas. 

Cuidados defensivos

Durante a transmissão feita na página do clube no Facebook, ficou clara a preocupação dos técnicos Narcisse Yameogo (burquinabe) e Filipe Nzanza com o posicionamento dos centrais, sobretudo na necessidade de evitar recuar para a área de penalidade, a facilitar a tarefa aos avançados contrários.  
A vantagem no marcador foi efémera. Esfumou-se em pouco tempo, a pressagiar um festival de golos, ainda adiada no regresso dos balneários, com o 2-2 apontado por Zini, numa reacção sem consistência, ante à supremacia do Namungo FC, cujo foco estava na exploração do fragilizado eixo defensivo dos rubro e negros.

Excepto o provável golo olímpico, numa cobrança directa de canto, os restantes tentos foram obtidos em lances de bolas alçadas ao ar, com abordagem deficiente da defesa, e na sequência de triangulação do meio campo, até o finalizador aparecer isolado à frente do guarda-redes. 

Nem os retoques feitos com as substituições, na equipa formada por Toni Cabaça, Paizo, Macaia, Jó e Isaac; Herenilson, Edmilson, Buá, Mongo e Moya; Zini, devolveu o 1º de Agosto a um jogo perdido antes de entrar em campo. Resta aos tetra-campeões angolanos preparar a conclusão da eliminatória, na quarta-feira no mesmo recinto, a pensar na honra e no prestígio africano.

Fonte:JA

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