O comandante da Região Naval Norte, vice-almirante Noé Magalhães, reiterou, no Soyo, província do Zaire, a necessidade de se intensificar o combate à imigração ilegal, contrabando de mercadorias diversas e outros crimes conexos, para salvaguardar o interesse do país e do Estado.
O responsável, que falava, sábado, durante a cerimónia das comemorações do 45º aniversário da Marinha de Guerra Angolana, destacou o papel deste ramo das Forças Armadas Angolanas (FAA) na defesa das águas territoriais.
“Hoje mais do que nunca, a Marinha de Guerra Angolana tem um papel crucial no âmbito da defesa nacional, garantindo a manutenção dos recursos do ambiente marinho, a segurança das mercadorias de exportação, bem como o combate ao tráfico de drogas, seres humanos, pirataria, imigração ilegal, roubo das riquezas marinhas e da poluição do mar”, disse.
Segundo o comandante da Região Naval Norte, para se infligir um combate eficaz aos referidos fenómenos é preciso, a exemplo de todo o mundo, que a Marinha de Guerra Angolana adapte as suas forças às ameaças e riscos latentes no mundo actual.
Lembrou que a Região Naval Norte sempre constituiu uma praça da Marinha, pela sua posição geográfica e uma importante via de comunicação e rota de navegação internacional, que é o rio Zaire, bastante complexa por possuir vários canais, cuja vigilância se impõe pelo perigo da sua utilização para fins ilegais.
Noé Magalhães valorizou a implantação estratégica do Comando da Região Naval Norte no Soyo, por ser uma região importante do ponto de vista económico, pela produção de petróleo, quer em offshore, como onshore, e pela implantação do projecto Angola LNG, que deu início, há anos, a produção de gás natural liquefeito.
“Todas as características geográficas e, também, pelo potencial económico, fazem do Soyo uma zona de grande importância, cuja segurança deve ser garantida pela Marinha de Guerra angolana e não só”, referiu.
Fonte:JA