Os actos de vandalização aos bens públicos, com destaque para os cabos que alimentam os postos de iluminação, registados em Luanda, são consertados e visam criar sentimento de insegurança e de instabilidade junto da população, denunciou o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República.
Francisco Pereira Furtado fez a afirmação, quarta-feira, à noite, durante uma ronda efectuada a algumas ruas da capital do país, para aferir o grau de prejuízo resultante da prática.
O governante, que se fez acompanhar por altos responsáveis do Ministério da Energia e Águas, do Governo Provincial de Luanda e da Polícia Nacional, disse que vão ser tomadas, a partir de agora, medidas com vista a pôr termo a estes comportamentos. “Essas acções têm os dias contados”, asseverou.
Francisco Pereira Furtado disse que é necessário acabar com este comportamento, tendo, por isso, orientado as forças de Ordem e Segurança a dar resposta mais adequada ao problema. “Esse tipo de comportamento está a afectar não só a segurança do país, mas, também, a causar danos consideráveis à economia”, realçou.
Referiu que, não obstante se tratar de uma prática que está a ocorrer, praticamente, em todo o país, o que se verifica em Luanda é preocupante.
O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República reconheceu o papel do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) no combate ao problema, mas defendeu o envolvimento de outras forças, como a segurança física privada.
“É preciso engajar e comprometer todas essas forças no sistema de Segurança da capital e do país, em geral, porque nós constatámos que determinados pontos vandalizados estão a poucos metros de efectivos de segurança privada”, frisou.
De acordo com o assessor do presidente do Conselho de Administração da ENDE António Micolo, a vandalização e subtracção de material de iluminação pública, nos dias 27 e 28 deste mês, que deixou, parcialmente, algumas avenidas às escuras, ficaram orçadas em mais de um milhão de kwanzas.
Os actos de vandalização ocorreram nas avenidas Deolinda Rodrigues, Dr. António Agostinho Neto e na Revolução de Outubro.
Nestas ruas, prosseguiu o responsável, os ladrões levaram 40 metros de cabos eléctricos, fusíveis com as barras de suporte e destruíram os armários.
Como consequência dessa acção, a Avenida Deolinda Rodrigues ficou, parcialmente, sem luz, depois da vandalização dos postes de iluminação pública, da Praça da Independência até à Unidade Operativa de Luanda.
António Micolo referiu que na Avenida Revolução de Outubro foi prejudicada a zona da Clínica Girassol até à Faculdade de Arquitectura, enquanto na Dr. António Agostinho Neto o furto ocorreu da rotunda da Praia do Bispo ao Hotel Baía.
António Micolo apelou aos munícipes para a cultura da denúncia, de forma a pôr fim a estes actos. Informou que decorre uma investigação da Polícia Nacional para localizar o material e deter os culpados.
Disse que os trabalhos para a reposição do material furtado estão em execução. A direcção da ENDE e o Governo da Província de Luanda (GPL) iniciaram, este ano, um trabalho conjunto destinado a repor a iluminação nas vias públicas, no sentido de facilitar a mobilidade do trânsito e aumentar a segurança dos cidadãos.
Fonte: JA