Depois de duas jornadas disputadas, no início da época, as duas equipas deram mostras de haver já alguma consistência na movimentação táctica. Os militares levam três semanas de trabalho e os petrolíferos surgem com mais rodagem competitiva, depois da presença no Rwanda, em Novembro último.
Manuel Sousa “Necas”, técnico dos rubro e negros, considera que as duas equipas estão em igualdade de circunstâncias, embora o adversário vem com outro volume de jogo, após representar a Selecção Nacional na primeira janela de qualificação ao Afrobasket`2021, na cidade de Kigali. Nos jogos disputados, os contendores ultrapassaram com facilidade os opositores. O Petro de Luanda venceu a congénere ‘B’ por 81-67 e 1º de Agosto-Academia por 101-71. O 1º de Agosto suplantou a equipa satélite da sua Academia por 105-64 e Petro de Luanda ‘B’ por 96-63.
Petro ‘B’ e Academia discutem bronze
As equipas de esperanças do Petro de Luanda ‘B’ e 1º de Agosto-Academia jogam hoje, às 14h00, para a atribuição do terceiro lugar do Torneio de Natal, no pavilhão Victorino Cunha, em Luanda. O desafio marca o primeiro encontro entre ambas no historial de basquetebol angolano. Depois dos jogos com adversários mais cotados tecnicamente, os contendores têm, agora, a oportunidade de esmiuçar os diagramas tácticos com um oponente mais equiparado.
O treinador dos petrolíferos, Manuel Silva “Gi”, diz que “o mais importante é dar rodagem competitiva aos rapazes nesta fase de início de época”. Sobre a avaliação competitiva, justifica: “a ausência de volume de jogos está na base de alguma falta de sincronia, em determinados momentos de jogo, sobretudo, quando são alvos de pressão defensiva”.
O extremo-base Pascoal Conde tem sido um dos mais destacados na equipa de esperança dos petrolíferos. Nos jogos disputados, foi o melhor marcador do conjunto com 16 e 23 pontos. O timoneiro do militares, José Carlos Guimarães, alinha no mesmo diapasão: “Não podemos exigir muito desses jovens atletas, pois têm feito o possível devido ao pouco tempo de preparação. Temos no plantel cinco atletas com 17 anos”.
Clássico pintado com máscaras e distanciamento
A final do Torneio de Natal é disputada entre os colossos do basquetebol numa conjuntura diferenciada. Pela primeira vez na história da modalidade, Petro de Luanda e 1º de Agosto colocam atletas no banco distanciados e com máscaras ao rosto. A nova conjuntura resulta da presença de SARS-COV2, o vírus da pandemia da Covid-19 que grassa o mundo.
Inicialmente, a prova contava com a participação de seis equipas, mas o número foi reduzido para quatro por indisponibilidade financeira de outras agremiações para suportar os custos de testes à Covid-19. Trata-se das equipas do Atlético Sport Aviação e Desportivo Kwanza.
Os profissionais da comunicação social destacados para fazer a cobertura do evento são submetidos a testes da Covid-19, como orientam as recomendações das autoridades sanitárias.
O evento serve de barómetro para o Campeonato Nacional, previsto para iniciar em Janeiro próximo, segundo o presidente da Federação Angolana da modalidade (FAB), Moniz Silva.
A competição desportiva é a terceira a disputar-se nesses moldes no país. Antes, os aficionados testemunharam o evento de futebol, o “Trumuno Fora de Época”, promovido pela Macro Sport, e o Torneio de Golfe no quadro do 45º aniversário da Independência Nacional, que teve a chancela da Federação Angolana da modalidade (Fagolfe).
Fonte: PA