A partir desta quinta-feira (16) , as crianças e adolescentes dos 12 aos 17 anos começam a ser vacinadas, em todo o país, contra a Covid-19, anunciou, terça-feira (14), em Luanda, a ministra da Saúde.
Sílvia Lutucuta, que falava durante a actualização das medidas de prevenção contra a Covid-19, anunciou, ainda, para o dia 21 deste mês, o início da terceira dose de reforço.
Esclareceu que a terceira dose é dirigida aos cidadãos que já tomaram as duas doses depois de seis meses. Para o efeito, não vai ser necessário um novo cadastramento, garantiu.
A ministra disse, ainda, que a terceira dose pode ser feita com qualquer tipo de vacina, mas maioritariamente será com a Pfizer, garantindo que é segura e aumenta a imunidade. “O casamento (de vacinas diferentes) aumenta a imunidade e não causa nenhum problema”, declarou.
Em relação às crianças, referiu, que o cadastramento deve ser feito no portal e através de equipas de voluntários.
Alertou que todas as crianças e adolescentes devem ir vacinar, independentemente de terem ou não alguma doença crónica.
A ministra garantiu que há vacinas suficientes para toda a população alvo. Apelou aos pais a levarem os filhos aos postos de vacinação, por serem um transmissor do vírus e, normalmente, assintomáticos.
Relativamente à actualização da situação epidemiológica no país, a ministra informou foram registados, nas últimas 24 horas, 44 casos positivos da Covid-19 e a recuperação de 52 pacientes. Não foi registado óbito.
De acordo com os dados apresentados ontem, dos 44 casos positivos, 43 são residentes em Luanda. As províncias do Huambo e Zaire reportaram cada uma infecção. Dos pacientes infectados, 20 são do sexo masculino e 25 do feminino, com idades compreendidas entre 3 e 64 anos.
Segundo Sílvia Lutucuta, dos 52 pacientes recuperados, 31 são residentes em Luanda, 11 no Zaire, nove em Cabinda e um na Lunda Sul. Têm idades compreendidas entre 5 e 70 anos.
Nas últimas 24 horas foram processadas 1.779 amostras por exames de RT-PCR, com a taxa diária de positividade de 1,7 por cento. Com isso, há um total de 1.217.015 amostras realizadas desde o início da pandemia, com uma taxa de positividade de 5,4 por cento.
Com estes dados, o quadro epidemiológico da pandemia no país subiu para um cumulativo de 65.476 casos positivos, dos quais 63.571 pacientes recuperados, 1.737 vítimas mortais e 168 activos. Do total de casos activos, nenhum está em estado crítico, nove são graves, 25 moderados, 41 leves e 99 assintomáticos.
Estão em internamento nas unidades sanitárias do país 48 pacientes, três pessoas estão a ser acompanhadas em quarentena institucional e sob vigilância epidemiológica 81 contactos.
A ministra esclareceu que, nesta altura, o país está na gestão final da terceira vaga, com uma baixa de número de casos, embora, nos últimos dias, tenha registado um ligeiro aumento. Nas últimas semanas, a taxa de transmissibilidade passou de 0,58 para 1,2 por cento.
Sílvia Lutucuta disse que esta situação é preocupante e, por isso, está a ser investigado o comportamento do vírus.
Desde 16 de Novembro, informou, foram detectados, no Aeroporto 4 de Fevereiro, 54 casos positivos, provenientes da África do Sul, Rússia, Turquia, República Democrática do Congo, Reino Unido, Nigéria, EUA e Lesoto.
País sem Ómicron
A ministra da Saúde garantiu, ontem, que o país não tem registo de nenhum caso da nova variante Ómicron, mas manifestou preocupação pela sua alta taxa de transmissibilidade.
Em relação ao programa de vacinação contra a Covid-19, informou que, até ontem, foram administradas dez milhões e 593 mil e 827 doses. Deste número, sete milhões e 274 mil 512 são da primeira dose e três milhões e 590 mil e 115 da segunda, o que corresponde a uma cobertura de 22,7 por cento.
A província com maior cobertura é Luanda, com 73 por cento da primeira dose e 49,9 por cento da segunda. Seguem-se as províncias do Cuanza-Norte e Namibe.
Fonte: JA