Corpo de idoso de 85 anos “desapareceu” da morgue

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O desaparecimento, há 16 dias, do cadáver de um idoso, na Morgue Central de Luanda, juntou, ontem, alguns familiares em frente à instituição, a exigirem a entrega do corpo para realizarem o funeral.

O caso começou no dia 3 de Janeiro quando Kialunda Manuel, de 85 anos, morreu em casa, por motivo de doença.
Os familiares dirigiram-se então à Casa Mortuária Central de Luanda onde o cadáver deveria ser conservado por quatro dias, para os preparativos do funeral, contou ontem à Lusa Alexandre Manuel, filho do idoso.

Segundo este familiar, três dias depois voltaram à morgue para saber do corpo, mas o cadáver havia desaparecido.
“Desde o dia 6 de Janeiro até hoje o corpo não aparece”, disse Alexandre Manuel, realçando que a presença ontem na morgue visou exigir explicações.
Alexandre Manuel frisou que “os responsáveis da morgue não dizem nada”, lembrando que a família se encontra “muito abalada” com a situação.
“Estamos cá todos os dias e não informam onde está o corpo do nosso pai. Queremos fazer o funeral do pai e, por isso, estamos aqui a exigir que o corpo apareça”, repetiu.

De acordo com o filho, caso o corpo não apareça, o caso será levado à Justiça.
Alexandre Manuel lamentou a forma como a família está a ser tratada, salientando que a direcção da morgue remeteu o assunto para o Governo da Província de Luanda, que, por sua vez, os encaminhou para o Velório Provincial de Luanda, que devolveu a questão à Morgue Central.

“Já falámos com as duas pessoas indicadas pela morgue e o que eles dizem é que não sabem do paradeiro do corpo”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de ter havido uma troca de cadáveres, Alexandre Manuel disse que a própria morgue descartou essa hipótese, porque se, por engano tivesse sido entregue a outra família para ser enterrado, o corpo pertencente àquela família estaria na morgue.

Fonte:JA

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