Um total de 35 cooperativas de pesca artesanal e semi-industrial, na província de Luanda, está com dificuldades de reembolsar os créditos beneficiados.
A informação foi avançada, ontem, em Luanda, durante o encontro entre a Associação de Pesca Artesanal e Semi-Industrial de Luanda (APASIL) e os associados, com a finalidade de auscultar os problemas e encontrar soluções para os ultrapassar. Manuel Azevedo disse que os associados beneficiaram do valor de 15 a 50 milhões de kwanzas.
Conforme detalhou, 10 cooperativas de pesca artesanal beneficiaram do Programa de Apoio ao Crédito (PAC), outras 10 por via do Fundo de Apoio de Desenvolvimento da Pesca e ao nível do programa de combate à pobreza e o Ministério da Agricultura e Pescas apoiou 15 cooperativas.
Segundo Manuel Azevedo, o Fundo de Apoio e Desenvolvimento Agrário (FADA) vai conceder, nos próximos tempos, crédito a outros associados, devendo as cooperativas por beneficiar estarem organizadas. Já aquelas, em vias de constituição junto do INAPEM e do Guiché Único, terão de esperar para ocasiões futuras.
Contudo, assegurou, todas as cooperativas beneficiárias de crédito estão num período de carência e localizadas, facto que não atrapalha o processo de seguimento dos créditos.
O líder da APASIL disse que a organização presta apoio aos associados, através de formação e acompanhamento permanente, para que as capturas e vendas do pescado sejam capazes de garantir os reembolsos dos empréstimos beneficiados.Em Luanda, esclareceu, a associação representa apenas cooperativistas da pesca artesanal. Já a nível da pesca industrial, a associação assiste os armadores das províncias de Cabinda e Namibe.
Ao todo, são 70 cooperativas de 10 indivíduos cada, 25 associados do ramo da pesca semi-industrial, enquanto que na pesca industrial contam com 52 empresas, repartidas em grupos dos poetaços, demersais e pelagenos.
Manuel Azevedo frisou ainda que há indivíduos não licenciados e nem sequer se fazem acompanhar de segurança de navegabilidade a exercer a actividade de pesca na costa com mosquiteiros para retirar o peixe miúdo, situação que prejudica a biomassa.
Em detrimento da mudança climática que ocorre constantemente, o presidente da APASIL disse não existir abundância de peixe como noutros momentos.
Um problema não de menor importância apontado pelo responsável tem a ver com o facto de estrangeiros invadirem espaços, dedicando-se à pesca nas margens, isso a nível da pesca artesanal, uma actividade reservada para os nacionais.
Fonte:JA