Contas “fantasmas” atrapalham execução orçamental do Estado

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A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, disse, na manhã desta segunda-feira (6), em Luanda, existir ainda muito dinheiro fora do controlo do Estado face ao elevado número de contas bancárias, umas autorizadas e outras não de organismos públicos, à margem da Conta Única do Tesouro (CUT).

Vera Daves fez estas afirmações no workshop sobre o “Sistema de Controlo Interno”, de iniciativa da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), que se prolonga até amanhã, em formato virtual (plataforma Zoom) e presencial (na Escola Nacional da Administração e Políticas Públicas).

De acordo com a ministra, é preciso atacar em bloco às infracções de ter-se património financiado com dinheiro do Estado, mas não registado em nome deste.

Para tal, Vera Daves pede transparência e responsabilidade aos gestores públicos, lembrando ser fundamental que as lideranças de hoje não comprometam o futuro da geração de vindoura.

Como defendeu, na prelecção “Infracções às Regras Orçamentais”, que fez no workshop, a única forma de travar ciclos viciosos é responsabilizar quem pratica os actos que violem as normas estabelecidas.

“Temos de assegurar o controlo interno dos organismos públicos e a melhor forma é a prestação de contas”, disse.

Intervenções

O evento que encerra esta terça-feira (7) foi aberto pelo inspector-geral da Administração do Estado, Sebastião Gunza, vai contar, também, com intervenções do ministro Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queirós, do secretário do Presidente da República para Reforma do Estado, Pedro Fiete.

O procurador-geral da República, Hélder Pitta Gróz, o professor catedrático Carlos Feijó, entre outros especialistas, vão, igualmente, participar nos debates com diferentes painéis como prelectores.

A IGAE é o órgão encarregue de, acordo com a legislação em vigor, promover acções preventivas e repressivas em matéria de infracções anti-económicas e contra a saúde pública.

Fonte:JA

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