Consultora declara fim de recessão económica

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Em entrevista ao Mercados Africanos, na segunda-feira, em Lisboa, Portugal, Tiago Dionísio disse que “a expectativa, pelo menos o Governo acredita, que Angola possa registar um crescimento nulo em 2021, mas que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está um pouco mais optimista ao apontar 2021 já como o ano da recuperação económica”.

Segundo o economista português, Angola verá a economia crescer através do aumento da actividade em sectores que não estão ligados ao petróleo, a principal fonte de exportações e de receitas fiscais.

“O crescimento positivo será muito baseado no crescimento do sector não petrolífero, porque no sector do petróleo, a produção deverá continuar algo modesto, em parte porque a estratégia da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) continua a ser de contenção na produção para sustentar o preço, por isso, a retoma deverá ser liderada pela agricultura, construção e retalho, e não pelo sector petrolífero”, disse.

Tiago Dionísio admitiu que a Covid-19 teve um efeito significativo no país, principalmente porque as reformas lançadas pelo Governo são estruturais e, por isso, demoram tempo a surtir efeito.
“A pandemia atrasou um pouco a agenda de reformas, mas em 2021 poderemos ver alguma retoma mais acentuada nessa agenda, só que as reformas demoram tempo a surtir efeito.

Por exemplo, há um aumento da produção local e já se vê alguns efeitos a nível das reformas implementadas, mas a eficácia dessas alterações legislativas vai depender muito da capacidade de Angola atrair Investimento Directo Estrangeiro e as reformas implementadas pelo Presidente já dão sinais na corrupção, na facilidade de fazer negócios, isso tem melhorado um pouco, mas vai demorar algum tempo até que possam surgir efeitos mais pronunciados”, explicou.
Segundo argumenta, espera-se que em 2021 ocorra o regresso à normalidade, se bem que muito lentamente, com a reabertura da economia a acontecer na segunda metade do ano.

Fonte:JA

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