Num ambiente de dor e tristeza, familiares, amigos e colegas de carreira acompanharam hoje, até À sua última morada, no cemitério de Benfica, em Luanda, o músico e vocalista principal do grupo Ndengues do Kota Duro, Mateus Luís António, conhecido nas lides artística como “Yman”, falecido no sábado, por doença.
No elogio fúnebre, os integrantes do conjunto Ndengues do Kota Duro realçaram que a morte do Yman deixa um grande vazio no music hall nacional, pois como sublinharam “calou-se uma voz que o grupo conservava tanto”. Para Baló Januário, a morte do vocalista principal dos Ndengues do Kota Duro deixa um grande vazio no music hall nacional angolana, em particular na música folclórica.
Baló Januário, que partilhou uma década de actividade artística em vários pontos do país com o malogrado, disse que 2020 foi um ano “negro” para a cultura angolana, em particular a música, pelo que deve ser motivo de reflexão, porque os músicos estão desempregados por causa da Covid-19. “Quando não se trabalha, o artista não consegue o seu sustento”, desabafou o autor de “Pedra no Sapato”.
Oriundo de Cacuso, província de Malanje, Yman foi um dos pioneiros do estilo folclórico em Angola. Yman integrou o grupo musical Ndengues do Kota Duro, em 1990, e tocava guitarra ritmo. Foi o vocalista principal do conjunto, em companhia do Kota Duro, também já falecido, líder e fundador do grupo, criado em 1978, com a denominação Mbila Jó Kande. Em Abril deste ano, Yman completaria 52 anos. O músico deixa viúva, 14 filhos e três netos.
Fonte:JA