Confirmada inexistência de exploração de diamante

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Não há exploração não autorizada de diamantes na desembocadura do rio Cunene ao mar, na província do Namibe, segundo constatação feita, quinta-feira, por uma delegação encabeçada pelo secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Víctor, que se deslocou ao local para aferir as informações que dão conta de uma eventual actividade de garimpo do mineral na região.

O secretário de Estado para os Recursos Minerais deslocou-se à Foz do rio Cunene, província do Namibe, para “pôr a limpo” tais informações e no final da visita fez saber que “está tudo bem”.

Antes dessa deslocação, Jânio Corrêa Víctor manteve um encontro com o governador do Namibe, Archer Mangueira, que prontamente felicitou a iniciativa do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) de se deslocar ao terreno para, de perto, verificar o problema.

No entanto, o chefe do Posto da Unidade de Guarda Fronteira, super-intendente-chefe José Fernandes, confirmou a não existência de qualquer actividade de exploração de diamantes ao longo dos 65 quilómetros de fronteira fluvial com a Namíbia. “O que vemos, é uma exploração do outro lado, por namibianos e sul-africanos”, afirmou.

Na década de 60 do século XX, a Diamang desenvolveu trabalhos de exploração (pesquisa geológica) na região, mas sem sucesso, não encontrando diamantes com viabilidade económica.

Exploração Mineira na Região de Kunene na NamíbiaPara a Namíbia, a “Região de Kunene” (uma das suas 13 subdivisões administrativas) é rica em formações rochosas mineralizadas, onde se regista alguma exploração mineira de pequena escala, mas sem operação em grande escala. Contudo, há extracção em pequena escala, com valorização e comercialização de rochas de cristais no mercado turístico local.


Ambientalistas

No entanto, ambientalistas da província do Namibe têm informado sobre o perigo que correm os vários rios que formam a bacia do Cunene, devido as actividades de empresas e de garimpeiros de ouro.

Alguns dos ambientalistas fizeram pesquisas nos rios Kusso, Tchissoy, Lomoma e outros pequenos rios, que formam a bacia do Cunene e notaram que as fontes desses rios estão a ser postas em perigo, por exploração desregrada.
Segundo informam, no município de Chipindo as fontes dos rios estão todas desfeitas pela sede de procura por ouro, por parte de algumas empresas credenciadas, mas que não respeitam a lei sobre o ambiente, assim como por parte das pessoas singulares que fazem garimpo.

Na “Região do Kenene” foi concedida uma concessão de exploração a uma empresa de exploração e desenvolvimento de gás e petróleo, para investigar as possibilidades de existência de petróleo com valor comercial. Além disso, há ainda a possibilidade de extracção de sal, bem como de exploração de diamantes em terra e ao largo junto da faixa costeira da região.

A Namíbia já registou muitas concessões e pedidos para exploração em pequena escala, mas muitas dessas permissões continuam inexploradas.

FONTE: JA

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