A Comissão da Carteira e Ética (CCE) repudia, em comunicado, a reportagem do jornalista Liberato Furtado, da Rádio Luanda, envolvendo a magistrada do Ministério Público Elizete da Graça João Paulo Francisco.
No documento, a Comissão da Carteira e Ética pede aos profissionais da classe o cumprimento dos preceitos éticos, deontológicos e legais que regulam o exercício do jornalismo em Angola. Segundo o documento da CCE, a magistrada narra uma série de acontecimentos que tiveram início a 11 de Agosto de 2020, com a emissão no programa Kiandando, pelo jornalista Liberato Furtado, de matéria atentatória à sua honra, ao seu bom nome e à sua reputação, sem que previamente tivesse sido contactada para o contraditório.
A magistrada fez saber que enviou o direito de resposta à Rádio Luanda, para ser divulgado no dia 28 de Agosto de 2020, conforme exige a lei, que não foi respeitado pelo director da emissora, o jornalista Afonso Quintas.A magistrada lamentou ainda o facto de ter sido condicionada pela Rádio Luanda, na pessoa do jornalista Agnelo Nogueira, sem qualquer fundamento legal, a exercer o direito de resposta de viva voz.
De igual modo, nos dias 16 e 17 de Novembro de 2020, os mesmos jornalistas e Rádio divulgaram, sem o contraditório, outras matérias com o mesmo cariz injurioso e calunioso contra a magistrada, o que a levou a recorrer à Comissão da Carteira e Ética, que deliberou a aplicação da medida de censura registada ao jornalista Liberato Furtado. Por ter actuado apenas como “pivô” da estação, os jornalistas Paulo Miranda e Agnelo No-gueira foram ilibados.
Liberato promete recorrer.
Fonte:JA