O reforço do combate à caça furtiva e à degradação de habitats está entre os maiores desafios do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, declarou, ontem, em Luanda, o ministro Jomo Fortunato.
O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, que discursava, no Arquivo Nacional de Angola (ANA), na cerimónia de abertura de um colóquio sobre o Dia Internacional da Biodiversidade, assinalado a 22 de Maio, acentuou que Angola tem procurado atenuar os coeficientes da perda da biodiversidade e a desflorestação, reforçando o combate à caça furtiva e à degradação de habitats.
Jomo Fortunato referiu que o departamento ministerial que dirige tem incentivado, de várias formas, as comunidades, à reutilização sustentável da biodiversidade, por via da divulgação de informações sobre a conservação, restauração e importância da preservação da diversidade biológica.
O titular da pasta da Cultura, Turismo e Ambiente disse ser de “capital importância” a conservação da biodiversidade, numa altura em que “os objectivos do milénio dão sólido enfoque” à preservação, consciencialização e consequente bem-estar da sociedade.
O ministro sublinhou que Angola adoptou, este ano, o tema “Constituindo um futuro compartilhado para toda a vida na terra”, por ter a convicção de que a conservação da biodiversidade continua a ser a resposta a uma série de desafios, rumo ao desenvolvimento sustentável.
“Estamos certos de que a biodiversidade é a base para um futuro equilibrado e temos consciência de que a qualidade da água que bebemos, os alimentos que consumimos e o ar que respiramos dependem do equilíbrio de uma natureza saudável”.
Sobre a situação mundial, o ministro Jomo Fortunato considerou urgente a promoção da mudança transformacional, a mobilização de acções globais e a abordagem das causas profundas da perda da biodiversidade, melhorando a sua constante conservação.
O governante lembrou que a saúde dos ecossistemas, de que os seres humanos e outras espécies vivas dependem, deteriora-se mais rapidamente do que nunca, afectando as bases das economias, meios de subsistência, segurança alimentar, saúde e qualidade de vida.
Jomo Fortunato lembrou, ainda, que a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o período de 2021 a 2030 como a Década da Restauração dos Ecossistemas, tendo como objectivo aumentar massivamente a recomposição da biodiversidade degradada e destruída, sendo uma medida para combater a crise climática e aumentar a segurança alimentar, abastecimento de água e a conservação da biodiversidade.
Educação ambiental
Depois de discursar, o ministro Jomo Fortunato disse à comunicação social que o colóquio sobre a biodiversidade “é um importante momento de reflexão e apuramento dos grandes desafios” em torno da defesa e conservação da biodiversidade.
Jomo Fortunato deu ênfase à necessidade de haver uma estratégia de educação ambiental, porque “a biodiversidade está relacionada com outros aspectos”.
“Nós temos que levar a educação ambiental às escolas, uma vez que as crianças têm de saber, desde tenra idade, que têm de conservar a natureza”, defendeu o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente.
No domínio do ambiente, acrescentou o ministro, há muitas questões por resolver, como o desmatamento, a desflorestação e as queimadas.
O governante acentuou que o reforço do combate à caça furtiva está entre os desafios do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente por ser uma questão para uma reflexão permanente, porque as populações, às vezes, na busca de subsistência, têm tido um comportamento diferente do que se pretende em termos de conservação do ambiente.
Fonte:JA