Angola teve um fraco crescimento nas questões da ciência, tecnologia e inovação, por falta de financiamento e de uma instituição que implementasse políticas para as referidas matérias, reconheceu ontem, em Luanda, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Maria do Rosário Sambo fez esse reconhecimento durante a tomada de posse dos principais responsáveis da Fundação (FUNDECIT), que tem à cabeça Mário Frestas, nas funções de director-geral, e Rosa Londa, directora-adjunta.
A ministra referiu que aquando da avaliação para a implementação da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia de Informação, em 2017, foi identificada, entre outras, a falta de financiamento à ciência como uma das maiores dificuldades para o desenvolvimento do sector.
Maria do Rosário Sambo disse que a criação da FUNDECIT, por ser a primeira no país com esse cariz, tem um grande valor histórico e vai ajudar o Sistema Científico Angolano a estar altamente fortalecido e, ao mesmo tempo, assegurar um estatuto diferente no que respeita às normas internacionais.
A ministra salientou, ainda, que a criação e a tomada de posse da direcção da FUNDECIT representam o concretizar de um objectivo traçado pelo Presidente da República, em 2018, em que deu a conhecer que o Executivo está a envidar esforços para criar uma instituição pública de financiamento da ciência.
Para Maria do Rosário Sambo, esta instituição vai fazer com que o financiamento da ciência em Angola se processe de acordo com os padrões internacionais, respeitando os princípios da transparência e de competitividade, sobretudo, tendo em atenção a impotência do suporte à transferência da tecnologia e a inovação.
“Essa breve alusão transcreve uma importância histórica e relevante para o nosso país, porquanto torna-se inédito e, embora estejamos a fazê-lo três anos depois, mas, felizmente, chagamos à fase de início das actividades de financiamento e regulamento da ciência no país.
O trabalho da FUNDECIT vai basear-se, entre outros, na avaliação e acreditação das instituições de investigação científica e desenvolvimento, inseridas no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Por isso, Maria do Rosário Sambo pediu aos empossados para que, dentro do possível, façam tudo que ajude a mudar o cenário da investigação científica, desenvolvimento tecnológico e da inovação no país.
Por dentro
A Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico, com instalações a funcionarem no 3º andar do edifício do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, foi aprovada a 25 de Maio deste ano, na V Sessã̃o Ordinária do Conselho de Ministros.
A FUNDECIT tem como missão implementar as políticas de ciência, tecnologia e inovação e gerir os meios financeiros do Orçamento Geral do Estado, destinados à investigação científica e ao desenvolvimento para o financiamento, de forma mais efectiva, das actividades de investigação científica e desenvolvimento.
Tem, ainda, como tarefas avaliar e acreditar as instituições que se dedicam à investigação científica e desenvolvimento tecnológico no país, filiadas no Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação (SCNTI).
Fonte:JA