Os números bloqueados não podem efectuar chamadas para o CISP, mesmo em situação de necessidade. O comissário, que deu estas informações à imprensa, após o acto que marcou o primeiro aniversário do CISP Luanda, afirmou que as acções continuarão para “consciencializar os cidadãos para a importância da gestão colectiva de um bem que a todos pertence.
Segundo Carlos Albino, o sistema permite impedir que os transgressores possam aceder ao centro, e que, desde Outubro, começaram as restrições de chamadas ao CISP dos que fazem mau uso deste sistema. “Por via da reincidência tivemos de adoptar estas medidas”, referiu.
O coordenador do projecto CISP referiu que os desafios que se colocam neste momento ao Centro Integrado de Segurança Pública, têm a ver com o capital humano e a extensão do sistema, pois o projecto foi concebido para todo território nacional. “O projecto no ponto de vista de engenharia está concebido para ser concluído no final de 2021, mas dependerá das condições financeiras e técnica”, disse.
O comissário Carlos Albino considerou importante a certificação do CISP, uma vez que, por esta via, o Estado angolano poderá obter recursos bonificados das organizações internacionais, visto que a actualização deste sistema requer disponibilidade de recursos permanentes.
O responsável adiantou que “o mesmo vai permitir a partilha de conhecimentos e informações para melhor eficiência dos trabalhos desenvolvidos, tendo em conta os métodos internacionais aplicáveis”.
Missão do CISP
O Centro Integrado de Segurança Pública, inaugurado a 30 de Dezembro de 2019, surgiu para prestar apoio aos demais órgãos e serviços de defesa e segurança, melhorar a segurança e preservação do património público e privado, assim como tornar cada vez mais eficiente o apoio aos órgãos de investigação.
Com 411 câmaras em funcionamento em Luanda, o CISP tem como missões, entre outras, o auxílio na vigilância e prevenção de vários actos que possam colocar em causa a segurança pública, permitindo a identificação de eventuais suspeitos, através de câmaras de reconhecimento facial, e monitorização de movimento de aglomerados em locais de alta concentração pública, bem como a localização e identificação mediante georeferenciação das solicitações de pedidos de socorro dos cidadãos.
O CISP permite, também, supervisionar infra-estruturas críticas, como barragens, aeroportos e outros empreendimentos económicos estratégicos, através dos sistemas de telemetria, rastreio da identificação de veículos e controlo do tráfego rodoviário, assim como a reacção coordenada das forças de segurança em apoio aos sinistros ou calamidades naturais, por intermédio do sistema de comunicação integrada. Além de Luanda, o CISP está, também, em Benguela.
Fonte:JA