Rosa Coelho, administradora do Distrito Urbano da Cidade Universitária, está a ser acusada de usurpação de aproximadamente 12 hectares, propriedade da empresa Konda Marta, destinado a construção de um mercado informal no âmbito da responsabilidade social da referida empresa
Domingos Figueiredo | Luanda
Durante a última conferência de imprensa realizada pela empresa Konda Marta, Daniel Neto, Director quebrou o silêncio e denunciou publicamente a suposta postura da Administradora Rosa Coelho, de estar a usar influência para usurpar lotes de terra e dar protecção a vários usurpadores para benefícios pessoais.
No âmbito da responsabilidade social a Konda Marta, enquanto parceira do Estado, disponibilizou um espaço de 12 hectares para construção de um mercado o que não se efectivou tudo porque a Administradora do Distrito da Cidade Universitária se apropriou dos hectares como fez saber o director da Konda Marta, Daniel Neto.
O Jornal Visão sabe que dois dos 12 hectares, supostamente usurpados, já foram comercializados, o director avança que num dos encontros, a Administradora foi clara em dizer que agora chegou a sua vez de enriquecer, tal como outros ficaram ricos por conta dos lotes usurpados da Konda Marta, empresa que nos anos 90 foi uma das vencedoras do concurso público de concessão de terra realizado pelo Governo Provincial de Luanda.
Administradora lava as mãos
Na intenção de cruzar as fontes, o Jornal Visão ouviu a Administradora do Distrito Urbano da Cidade Universitária, Rosa Coelho, que jurando de pés juntos, negou toda acusação que pesa sobre ela, justificando que não detém espaço algum no perímetro supramencionado e que desconhece a Konda Marta como empresa.
“Eu enquanto Administradora estou aqui para servir e não para se servir, no entanto, no decurso do meu mandato, a tal Konda Marta denotamos desde muito cedo que é uma empresa cuja missão é usurpar terras o que tem criado muitas irregularidades no nosso normal funcionamento”.
Salvador Freire, advogado da Konda Marta, lamenta a falsidade da Administradora ao assumir categoricamente que jamais manteve contactos com a K.M, sendo que várias epístolas foram enviadas para administração no intuito de pôr fim a esse dilema.
“Triste saber que somos administrados por falsas, o que mostra claramente que o Presidente da República está sozinho na luta sobre a corrupção e impunidade”, lamentou.