“Caldo do Poeira” promove música angolana há 20 anos

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A Rádio Nacional de Angola reuniu na manhã de domingo jornalistas, artistas e entusiastas da música angolana para celebrar e reflectir em torno dos 20 anos do “Caldo do Poeira”, iniciativa desta estação emissora de resgate e valorização da música nacional do passado.

Foram mais de quatro horas de música e conversa, como no passado, preenchido pelos programas Poeira no Quintal e Manhã de Domingo. Isaías Afonso teve vários convidados dentre os quais dois jornalistas da génese do projecto que recordaram vários momentos. Amílcar Xavier recordou a fase em que esteve na produção e coordenação, enquanto  Paulo Gomes na recolha e produção de conteúdos afirmando que escreveu os textos pensando nos diferentes  apresentadores, João Miguel das Chagas, Sebastião Lino e Isaías Afonso.  Outros protagonistas do programa foram os actuais membros do painel do “Poeira no Quintal” designadamente: Dikambú, Manuel Claudino, Raul Tollingas, Cirineu Bastos e Xabanú. 

A música esteve a cargo da Banda Movimento formação que ao longo do projecto fez o acompanhamento de grande parte dos artistas participantes. Semba Muxima, Urbanito, Mig e Elisa Coelho foram outros intervenientes na animação musical, que teve a direcção artística de Paulo Tonet e Miguel Pacheco, outro membro da fase inicial. Carlos Bequengue, outro profissional ligado ao projecto, referiu que o “Caldo do Poeira” surgiu como uma edição ao vivo do programa “Poeira no Quintal” que acontecia no último domingo de cada mês. O objectivo era homenagear um artista ou grupo que se havia destacado na promoção e divulgação da música angolana.

Todos recordaram que a primeira edição aconteceu em Agosto de 2001 no refeitório da Rádio Nacional de Angola e foi uma homenagem à titulo póstumo ao músico Urbano de Castro e  a última no dia 18 de Dezembro de 2011. Durante este período foram realizadas 86 edições em todo o país ficando de fora as províncias do Cuanza-Sul, Cuanza-Norte, Zaire, Moxico, Cunene e Uige.O momento festivo não foi determinante para avaliar o possível regresso do “Caldo do Poeira”, pois a produção optou por não avançar data que é a vontade de muitos amantes da música angolana. Anunciaram a publicação de um livro com dados estatísticos do projecto, um trabalho dos académicos Belchior Silva e Arlete Borges.

O “Caldo no Poeira” depois das primeiras edições realizadas no refeitório da Rádio Nacional de Angola migrou para o Centro Recreativo Cultural Kilamba. Foram feitas recolhas e entrevistas sobre a história da música angolana contemporânea e baseava-se de uma estratégia da RNA como prestadora de serviços de radiodifusão no serviço de promover e desenvolver a cultura  angolana expressa nesta caso na arte musical. Foram homenageados os principais nomes da música angolana e o “Caldo do Poeira” foi fundamental para a actual forma de convívio e apreciação da  música angolana, assim como para que artistas da nova geração apostassem nos ritmos nacionais e  regravassem canções antigas.

Fonte:JA

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