Os cafeicultores da província do Uíge perspectivam a colheita de mil e 600 toneladas de café neste ano, segundo garantiu, recentemente, no município de Negage, o responsável provincial do instituto nacional do café, Vasco Gonçalves.
As cifras representam um aumento de cerca de quatrocentas toneladas de café comercial face à safra de 2020.
Vasco Gonçalves justifica o incremento com a continua distribuição de mudas de café aos cafeicultores assim como a subida de 450 para 650 do preço da compra do quilograma de café comercial.
Esta informação foi prestada à margem do acto que simbolizou, no Uíge, a abertura da fase de colheita do café, presidida pelo governador Manuel Carvalho da Rocha.
Numa mensagem lida na cerimónia, os cafeicultores continuam a reclamar da falta de apoios em materiais de lavoura para galvanizar a produção do café e da não reabilitação das vias.
A produção anual de café no Uíge estimava-se em 80 mil toneladas, que eram colhidas em todos os 16 municípios da província. Segundo Vasco Gonçalves, presentemente, apenas Mucaba, Quitexe, Uíge, Negage, Songo e Buengas estão, actualmente, a dedicar-se à produção do “bago vermelho”.
Estradas em reabilitação
Em resposta às preocupações dos agricultores, o governador Carvalho da Rocha anunciou que o governo provincial já tem estado a reabilitar as estradas terciárias de acesso, principalmente, às regiões produtivas, empreitadas que disse terem iniciado depois do fim da época chuvosa.
Acrescentou que vários instrumentos, como enxadas, catanas, limas e outros insumos agrários têm sido entregues aos produtos carenciados, numa perspectiva que disse estar baseada em acções práticas do seu grupo de trabalho.
“Queremos que sejamos julgados pelas nossas acções e não pelas palavras. Essa é e continuará a ser a nossa prática”, que demonstrou na ocasião com a entrega de mil mudas de café, enxadas, catanas, limas assim como sementes e fertilizantes ao proprietário da fazenda, que acolheu o acto, assim como a alguns camponeses da regedoria do tema.
O governador defende a necessidade de haver uma produção que permita garantir a alimentação da população e as reservas de excedentes em grande quantidade. Para ele “devemos assumir, todos, o compromisso de produzirmos muito, para que não haja fome entre a população”.
Fonte:JA