Burlas em multicaixas têm tendência a crescer no país

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O Serviço de Investigação Criminal (SIC), em acções conjuntas com a Polícia Nacional no município de Negage, província do Uíge, deteve há dias dois cidadãos nacionais, de 22 e 27 anos, suspeitos dos crimes de furto e burla de 817 mil kwanzas.

O porta-voz do SIC/Geral, superintendente Manuel Halaiwa, disse, ontem, ao Jornal de Angola, que a burla começou no Banco de Poupança e Crédito do Uíge, no dia 28 de Novembro do corrente ano, quando um cidadão, identificado, de 45 anos, solicitou ajuda aos dois acusados, por não ter noções de manuseamento do cartão multicaixa.
Depois de ajudarem a levantar dinheiro, os dois acusados trocaram o cartão e posteriormente efectuaram uma transferência de 817 mil kwanzas.  Ao aperceber-se de movimentos estranhos na sua conta, a vítima participou o caso ao SIC, que,  após investigação, deteve os acusados, que já foram apresentados ao Ministério Público, para os procedimentos legais. 
Cuando Cubango
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) na província do Cuando Cubango apresentou, na semana finda, na cidade de Menongue, um cidadão de 40 anos, identificado como Maurício Chingui Canhanga, que foi apanhado, em flagrante delito, quando pretendia comprar 15 telefones avaliados em um milhão e 255 mil kwanzas, num estabelecimento comercial, simulando o pagamento por via do multicaixa express, com comprovativo fictício.

 Em declarações à imprensa, o porta-voz do SIC, Paulo Dias de Novais, disse que a burla foi frustrada graças à pronta intervenção das Forças da Ordem, que detiveram um dos integrantes da rede de burladores que está a operar nos últimos dias na cidade de Menongue, com recurso ao pagamento automático de bens, a partir do multicaixa express.
Salientou que Maurício Chingui Canhanga, natural da província do Huambo e residente na capital do Cu-ando Cubango, na companhia dos seus comparsas, em fuga, simularam comprar 15 telefones de diversas marcas e para o pagamento pediram o número do IBAN, para que a transferência dos valores fosse feita por um suposto chefe, que se encontra no município de Mavinga.
 Acrescentou que depois de alguns minutos o proprietário do estabelecimento recebeu, no seu WhatsApp, o comprovativo da transferência de 1.630.000.00, quando os telefones custavam 1.255.000.00. Paulo Dias de Novais disse que o proprietário do estabelecimento, que seria burlado pela segunda vez, deu conta que se tratava de uma fraude, por causa da quantia, e, sem que os malfeitores se apercebessem, ligou para o SIC, que deteve Maurício Chingui Canhanga. Os outros comparsas que estavam fora do estabelecimento meteram-se em fuga.

 Realçou que este é o terceiro caso que a província do Cuando Cubango regista. Nos dois primeiros os meliantes conseguiram burlar mais de dois milhões de kwanzas, na compra de cerca de 20 telefones e recargas da Unitel. Garantiu que os efectivos do Serviço de Investigação Criminal estão a trabalhar no sentido de desmantelar, o mais rápido possível, a rede de burladores.    

 “Notamos que em termos de tecnologia os burladores estão muito avançados, porque os mesmos apresentam um comprovativo, com transferência realizada com sucesso, número do IBAN, valor e nome do beneficiário, mas tudo falso. É necessário que estejamos todos atentos, para não sermos as próximas vítimas”, aconselhou. Paulo Dias de Novais informou que o processo-crime de Maurício Chingui Canhanga já foi remetido ao Ministério Público, para a sua legalização.

Fonte: JA

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