O Primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson, pediu, segunda-feira (14), a Vladimir Putin para se afastar do “precipício” na Ucrânia, considerando a situação “muito, muito perigosa” e admitindo uma invasão russa “nas próximas 48 horas”.
A situação é muito, muito perigosa e difícil, estamos à beira do precipício, mas ainda há tempo para o Presidente Putin recuar”, disse Boris Johnson, numa declaração televisiva, quando o Ocidente acusa Moscovo de estar a preparar uma invasão à Ucrânia.
“Apelamos a todos ao diálogo (…) para evitar o que seria um erro catastrófico”, acrescentou o Primeiro-Ministro britânico, apesar de Kiev ter acusado Washington e Londres de alarmismo sobre os riscos de uma intervenção russa iminente.
Boris Johnson assegura que as evidências de uma invasão russa são “muito claras”.
“Os sinais mostram, como disse o Presidente dos EUA, Joe Biden, que os russos estão a planear algo que pode acontecer nas próximas 48 horas”, disse Boris Johnson, depois de o Governo britânico, na sexta-feira, ter aconselhado os cidadãos a abandonar a Ucrânia.
“É importante que estejamos todos juntos e mostremos uma frente unida, especialmente no que diz respeito a sanções económicas”, acrescentou Johnson, sobre a atitude do Ocidente.
O Primeiro-Ministro britânico deverá viajar para a Europa continental no final da semana, para conversar com líderes dos países nórdicos e bálticos.
Há duas semanas, Boris Johnson esteve em Kiev para demonstrar o apoio à Ucrânia, para onde o seu Governo enviou mísseis anti-tanque.
Vários países europeus já pediram aos seus cidadãos que deixem a Ucrânia o mais rapidamente possível, incluindo Espanha, Alemanha, Reino Unido, Países Baixos, Dinamarca, Suécia e também Portugal.
FONTE: JA