O Banco Nacional de Angola (BNA) registou, de Janeiro de 2019 a Setembro deste ano, um total de 162 reclamações de clientes sobre fraudes, de acordo com a subdirectora do Departamento de Conduta Financeira.
Zélia António apresentou os dados, ontem, na videoconferência da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), de abertura a Semana Mundial do Investidor, a realizar-se de 4 a 9 e que contará com sete webinar e vários temas relacionados a promoção da educação financeira.
Segundo os números do BNA, só neste ano de 2021, faltando três meses para o seu termo, já foram registados 71 operações reclamadas. 2020 teve 52 e 2019 com 39 completam a estatística de fraudes em registo.
De acordo com Zélia António, entre os meios mais usados para tentativas de fraudes, 53 foram através de cartões de débito (multicaixas), 27 por depósitos a ordem e 19 nos ATM (terminais de multicaixas) e TPA (Terminais de Pagamentos Automáticos).
Entre os motivos mais apontados como causas de fraudes na banca está a partilha de códigos.
Central de riscos
Por sua vez, Ana de Castro, em representação da Agência Reguladora e Supervisão de Seguros (ARSEG), disse que se está a migrar para uma supervisão baseada no risco, ajustando-se ao que ocorre mundialmente.
Sobre a prevenção de fraudes, Ana de Castro sugeriu a criação de uma Central de Risco para dar tratamento a temas relacionados.
Já Mauro Oliveira e Aldemiro Gonçalves, técnicos sénior, da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), reafirmaram o compromisso do regulador com as melhores práticas e que, até ao momen-to, não foram reportados casos de fraudes.
A videoconferência “Fraudes Financeiras: Sinais de Alerta” marcou a abertura da Semana Mundial do Investidor, promovida pela IOSCO, e que em África está sob auspícios da Comissão do Mercado de Capitais (CMC).
Fonte:JA