O BNA anunciou, ontem, em comunicado, ter aberto um inquérito para averiguar em que circunstâncias é que os volumes de notas apreendidos pela “Operação Caranguejo” foram disponibilizados a terceiros e quais os procedimentos de compliance aplicados para assegurar a sua legitimidade.
Na segunda-feira, a Procuradoria Geral da República divulgou a apreensão de vários milhões de dólares, euros e kwanzas no âmbito de um processo de investigação a oficiais das Forças Armadas Angolanas suspeitos dos crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa e outros.
Entre estes encontra-se o chefe das finanças da banda musical da Presidência da República, major Pedro Lussaty, detido na semana passada quando transportava duas malas carregadas com 10 milhões de dólares e quatro milhões de euros.
“De acordo com os nossos registos, os valores em questão, em moeda nacional, foram levantados na nossa casa forte por um banco comercial, obedecendo integralmente as regras e protocolos vigentes para o efeito não tendo ocorrido qualquer falha de procedimentos a nível do Banco Nacional de Angola”, assegura o Banco Nacional de Angola (BNA).
O documento lembra que “nos termos da Constituição, detém os direitos exclusivos de emissão de moeda com curso legal no país, pelo que todas as notas e moedas metálicas legítimas do Kwanza em circulação na economia têm como origem o Banco Nacional de Angola”.
O BNA explica que “coloca notas em circulação exclusivamente através dos bancos comerciais e todos os volumes de notas, novas ou usadas, que saem da sua casa forte para esses bancos têm os selos do Banco Nacional de Angola que facilitam o registo dos movimentos e confirmam a proveniência das notas, a sua autenticidade, o seu valor facial e financeiro em cada volume”.
No comunicado, o banco central também declara que “prestou aos órgãos de investigação criminal todas as informações solicitadas”.
Fonte:JA