O Ministério dos Transportes, através do Governo Provincial do Bengo, entregou, terça-feira, em Caxito, cinco novos autocarros à operadora privada de transportes de passageiros, Organizações Kafanda, no âmbito do programa de distribuição de 500 veículos para facilitar a mobilidade urbana a nível dos municípios do país.
Esta é a terceira fase do programa de entrega de meios públicos à província. Na primeira, que ocorreu em 2019, o Bengo recebeu dez autocarros de transporte de passageiros, tendo, no ano seguinte, recebido igual número de veículos, que foram distribuídos às operadoras ACAM (3), ANIL (1) e Organizações Kafanda (6).
O vice-governador para a Esfera Política, Social e Económica, José Bartolomeu, que fez a entrega dos meios, disse na ocasião que os autocarros vão reforçar a capacidade de transporte de passageiros a nível da província, tendo apelado à empresa beneficiária no sentido de cumprir com as obrigações prescritas no contrato.
Para o representante da empresa Organizações Kafanda, Pedro Canga, os novos veículos, com capacidade para transportar 57 passageiros cada, representam uma mais-valia para a melhoria das condições de vida das populações residentes no interior da província do Bengo. Referiu que a sua empresa voltou a ser seleccionada devido o notável trabalho que realiza, desde o período que recebeu os primeiros autocarros. “Agora temos 14 autocarros, que vão tornar mais fácil a transportação de pessoas e mercadorias de um município para o outro”, garantiu.
De realçar que, no âmbito do programa de distribuição de 500 veículos, implementado pelo Ministério dos Transportes, para facilitar a mobilidade urbana a nível dos municípios do país, as empresas beneficiárias vão pagar, durante um período de 12 meses, 58.354.933.000 kwanzas, pela aquisição de cada um dos autocarros.
Antes da recepção dos meios, às operadoras seleccionadas pagam uma prestação inicial de 2.917.765.00 kwanzas, para, de seguida, fazerem depósitos mensais na ordem dos 461.976.00 kwanzas.
Serviços sociais em Santa Mboleia
A localidade de Santa Mboleia, na comuna das Mabubas, município do Dande, no Bengo, vai beneficiar, nos próximos dias, de uma escola e um posto de saúde, no âmbito da implementação do projecto “Aldeia Digital e Ecológica”, promovido pela Organização Não Governamental (ONG) Change 1’s Life, numa área de 500 metros quadrados.
O projecto prevê, também, a construção de um centro de formação de artes e ofícios, uma mediateca, um parque de diversão, sala de cinema, centro logístico, posto comercial e um recinto desportivo.
Segundo o director-geral da ONG Change 1´s Life, Edmilson Ângelo, o projecto tem como objectivo impulsionar o desenvolvimento rural e fazer com que as comunidades renasçam, permitindo que os jovens, dentro das aldeias digitais ecológicas, realizem os seus sonhos.
Edmilson Ângelo avançou que os primeiros contentores equipados chegam esta se-mana na localidade, para a construção da escola e do posto de saúde. “A primeira fase da implementação do projecto está avaliada em cerca de 50 mil dólares”, disse.
O director da Change l’s Life explicou que, nesta era digital, o acesso e processamento da informação geram capacidades de desenvolver e implementar projectos sustentáveis, de acordo com as necessidades identificadas, tornando o conceito de solidariedade ajustável à realidade de quem dá e de quem recebe.
Entrega de donativo à população
Mais de uma tonelada de bens diversos foram distribuídas no passado sábado aos cerca de 1.250 habitantes de Santa Mboleia, pela ONG Change 1’s Life. Na localidade, que dista a 24 quilómetros de Caxito, a ONG doou casacos, pastas, peças de roupa para crianças e adultos, brinquedos, calçado para mulheres, relógios e máscaras, para a população se prevenir da Covid-19.
“Esse é um gesto muito importante, que vai ajudar a reduzir as dificuldades. Aqui falta água potável, energia eléctrica, posto médico e uma escola do primeiro ciclo”, disse Alexandre Mateus, presidente da Comissão de Moradores da Santa Mboleia.
A Change 1’s Life tem como visão estratégica contribuir activamente para o combate à pobreza, mediante a idealização e materialização de programas integrados de responsabilidade social, relacionados com a criação de condições de habitação, saúde, trabalho, alimentação, formação académica e profissional, entre outras não menos importantes.
É uma Organização Não Governamental de cariz internacional, fundada no Reino Unido, em Novembro de 2014, pelo jovem angolano Edmilson Ângelo, com objectivo de desenvolver estratégias práticas, dinâmicas e sustentáveis para combater a pobreza extrema na África Subsaariana, tendo como foco Angola.
Fonte:JA