Baía do Lobito vai estar protegida da poluição petrolífera

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A baía do Lobito, localizada na província de Benguela, vai estar protegida do risco de poluição petrolífera resultante da produção da futura refinaria daquela cidade, soube a Angop.

A garantia foi dada pelo coordenador do projecto de construção da referida refinaria, Guiomar Ferreira, quan-do questionado recentemente sobre o processo de carregamento e descarregamento dos produtos petrolíferos e seus derivados.

As refinarias de petróleo constituem uma das actividades humanas de maior potencial poluidor. Elas consomem grandes quantidades de água e de energia, produzem grandes quantidades de despejos líquidos, libertam diversos gases nocivos para a atmosfera e produzem resíduos sólidos de difícil tratamento e disposição.

Contudo, segundo Guiomar Ferreira, a Sociedade Nacional de Combustíveis, SONANGOL, trabalhou com o Ministério da Cultura, Turismo e Am-biente para acautelar esse pressuposto, tendo por isso conseguido as licenças para se avançar com o projecto.

“Hoje em dia, as refinarias modernas tomam uma série de medidas, no sentido de evitar ao máximo que elas sejam poluentes”, explicou o coordenador.

A baía do Lobito mede cinco quilómetros de comprimento e dois na parte mais larga. A largura do canal de acesso é de 300 metros, enquanto que a profundidade tem 17 metros.

Referindo-se aos trabalhos de engenharia de base na refinaria, também conhecida conhecida como Sonaref, o coordenador destacou a captação de água, a partir da barragem do Biópio, no município da Catumbela, como uma das principais acções a ser desenvolvida.

Esta acção tinha iniciado entre 2015 e 2016, mas foi interrompida, devido a paralisação do projecto. “Neste momento, estamos a fazer algumas alterações na engenharia de base para estarmos em condições de reiniciar outros trabalhos pendentes, como os edifícios administrativos, de apoio, entre outros”, frisou.

Depois desta etapa, a So-nangol estará em condições de entrar no mercado para pesquisar o futuro empreiteiro, que vai se encarregar de comprar o material de instalação e montar a fábrica.

Em Julho de 2021, a Sonangol tinha lançado um concurso público internacional para construção da refinaria, mas não foi encontrado o vencedor porque os concorrentes não completaram os requisitos exigidos pela companhia petrolifera angolana.

A refinaria do Lobito foi projectada para processar 200 mil barris de petróleo por dia. Está localizada a 35 quilómetros a noroeste da cidade de Benguela e a cinco, noroeste, da cidade ferro-portuária do Lobito.

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