“A corrupção em Angola – um olhar ntológico”, Bonifácio António referiu que a corrupção passou a ser um fenómeno cultural e antropológico, cujo combate deve passar pela educação, incutindo nas crianças valores como a solidariedade, a justiça e a verdade.
O livro, segundo o autor, apresenta várias dimensões da corrupção e as suas consequências. Trata-se, disse, de uma pesquisa cientifica de cariz filosófica que apresenta o homem como a causa da corrupção.
A obra aborda o conceito, origem da corrupção em Angola, causas e consequências da corrupção, a crise dos valores sócio-culturais e aponta como causas do fenómeno o individualismo e egocentrismo.
Bonifácio António referiu que a corrupção em Angola ganhou contornos alarmantes que e passou a ser vista como algo normal e praticada de forma regular e diária nos vários meandros da sociedade.
“O fenómeno deve ser analisado no geral e não só numa perspectiva política. Quem se corrompe é o homem e hoje encontramos a corrupção em todas as instituições sociais. Portanto, temos uma sociedade totalmente corrompida onde, todos nós, directa ou indirectamente, estamos imersos na corrupção”, reconheceu.
O livro, com 340 páginas, foi editado pela Editora Sindjekumbi. “A corrupção em Angola – um olhar ontológico”, segundo uma nota da editora, resulta de um trabalho de investigação científica sobre a problemática da corrupção em Angola, de forma crítica e construtiva, com vista a alcançar resultados de excelência no seu combate.
DICIONÁRIO JURÍDICO
Livro destaca papel das leis ambientais
Um livro que retrata matérias ligadas ao ambiente e direitos fundiários, da autoria do advogado e docente universitário Reis Luís, foi apresentado, ontem, em Luanda.
Intitulado “Dicionário jurídico do Ambidente e dos direitos fundiários”, o livro, de acordo com o autor, analisa e teve em conta o estudo das convenções, protocolos, acordos e declarações e toda a legislação internacional subscrita por todos Estados membros das Nações Unidas sobre o ambiente.
O livro, com 396 páginas, aborda também questões ligadas à Lei de Terras, para escrutinar e explicitar todos os conceitos ligados aos direitos fundiários.Trata-se de uma compilação de 274 conceitos, que vão desde o ambiental, fundiário e das legislações das águas e do direito mineiro.
Segundo o autor, a obra levanta questões como “porque é que a terra é propriedade originária do Estado”, entre outras questões transversais.
Em declarações ao Jornal de Angola, Reis Luís disse que traz uma perspectiva de arrumação da legislação dispersa, por forma a constar de um único livro que possa servir de ferramenta para os estudantes, docentes, juristas, jornalistas e todos que lidam com esses temas. Reis Luís disse que o livro resulta da sua actividade enquanto docente, sublinhando que havia muita ansiedade da parte de grupos da sociedade em perceber mais sobre a matéria ambiental.
Fonte:JA