A classe empresarial da província do Huambo considerou de “acertada e oportuna” a medida, do Executivo angolano, em suspender, temporariamente, o pagamento de direitos aduaneiros de alguns produtos essenciais da cesta básica, visando proporcionar a redução de preços no mercado.
Os empresários Raul Chiwewe e José Cafoia disseram que a medida é “bem-vinda”, sobretudo para a classe em-presarial, porque vai facilitar a importação e garantir que se baixe os preços da cesta básica, porque, à partida, “a margem de lucro, com esta suspensão está assegurada”, não havendo necessidade de repassar para os consumir outros encargos.
A suspensão temporária do pagamento, em função do tempo que se leva para a importação dos produtos, estimado em 30 dias, apontaram, deve ser bem avaliado e estruturado pelas entidades competentes, para que se possa atingir as metas pretendidas, sob pena de não atender às pretensões dos operadores envolvidos no processo.
Alice Israel, uma cidadã ouvida pelo Jornal de Angola, mostrou-se esperançosa quanto a eficácia da medida do governo, acrescentando que “é necessário, pelos preços como estão, fazer-se alguma coisa” para a redução dos produtos da cesta básica, assegurando o surgimento de “mais políticas a funcionar” em torno da questão alimentar no país.
“É uma excelente medida, que, bem aplicada, poderá resultar na baixa dos preços da cesta básica a fim de ajudar as famílias com base no rendimento que, mensalmente, ganham”, disse.
Na ronda efectuada, em alguns armazéns da cidade do Huambo, o arroz, massa, alimentar, óleo vegetal e o açúcar, são mais procurados, cujos preços variam entre dois mil e dezasseis mil, conforme o produto pretendido.
“As pessoas têm optado em se juntar para que possam, na divisão equilibrada, adquirir um determinado produto, em que o custo está longe do alcance do bolso dos consumidores”, explicou um agente, de venda a grosso e a retalho, do bairro São João, arredores da cidade do Huambo. O sector do Comércio e Indústria, na província do Huambo, controla 186 grossistas, 3.614 retalhistas e 621 estabelecimentos de prestação de serviços, na grande maioria geridos por cidadãos estrangeiros- residentes.
Fonte:JA