Ao todo, 500 antigos combatentes e deficientes de guerra em condições de vulnerabilidade na província do Bengo receberam ontem, na cidade de Caxito, província do Bengo, bens de primeira necessidade e muletas, no quadro das comemorações do Dia dos Mártires da Repressão Colonial, assinalado a 4 deste mês.
O governo local, através do Gabinete Provincial dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, entregou 80 sacos de fuba de milho, igual quantidade de sacos de arroz e 40 de açúcar, óleo alimentar e feijão.
Em declarações à imprensa, o vice-governador para o sector Político, Económico e Social disse que os referidos bens de primeira necessidade vão ajudar a minimizar as dificuldades com que os ex-combatentes se debatem diariamente, tendo em conta a conjuntura económica e financeira do país.
José Bartolomeu realçou o contributo prestado pelos antigos combatentes e deficientes de guerra para o alcance da independência do país, salientando que todas as conquistas alcançadas pelos “bravos combatentes” devem ser preservadas.
O director provincial dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Joaquim Domingos, considerou a data como sendo uma jornada de reflexão e exaltação, pelo contributo prestado pelos “bravos camponeses”, que foram vítimas de violência do então regime colonial português, que tentou silenciar os anseios dos angolanos.
Joaquim Domingos disse que a celebração da data decorreu num momento difícil devido à crise económica e financeira, agravada pela pandemia da Covid-19, que tem dificultado a execução dos programas e projectos em prol da melhoria das condições sociais dos ex-combatentes.
O massacre da Baixa de Cassanje aconteceu há 60 anos. Dizimou milhares de vidas de angolanos e marcou o início da contestação à ocupação colonial.
Fonte:JA