Angola recebeu ontem, da União Europeia (UE), quatro mil testes rápidos de Covid-19, 300 mil máscaras cirúrgicas do tipo II, 30 mil máscaras cirúrgicas do tipo II R, 50 mil tocas, fatos de protecção, óculos e viseiras.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que recebeu a ajuda da embaixadora e chefe da delegação da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, congratulou-se com a doação, sublinhando que vai contribuir para o reforço da capacidade de testagem rápida, bem como a protecção dos técnicos de saúde, para uma melhor resposta à campanha de vacinação em massa que se avizinha.
A ministra considerou a doação da União Europeia, avaliada em 378,17 mil euros, um reforço que vai ajudar na prevenção dos pacientes, “mas também a enfrentar os desafios que se avizinha”, designadamente a campanha de vacinação nacional contra esse vírus invisível.
Quanto à campanha de vacinação em massa, prevista para o próximo mês, a ministra recordou que numa primeira fase estão previstas 12 milhões de doses de vacinas para atender perto de seis milhões de pessoas, com prioridade para profissionais de saúde, efectivos da Polícia Nacional, Forças Armadas e demais pessoas expostas.
“Temos também várias caracterizações, como a idade e o nível de exposição, pessoas com comorbilidades. Depois temos outras fases”, explicou.
Sobre a nova variante da Covid-19, Sílvia Lutucuta assegurou que o país já tem os equipamentos para os testes, aguardando apenas pelos reagentes, que deverão chegar ao longo desta semana.
À margem da cerimónia de entrega do material de biossegurança, a ministra da Saúde apelou ao “bom senso” para que os médicos ultrapassem a crise que se vive na Ordem dos Médicos de Angola. A cerimónia contou com a presença do ordenador nacional do Fundo Europeu para o Desenvolvimento e ministro da Economia e Planeamento angolano, Sérgio Santos.
Sérgio Santos considerou, na ocasião, que não é possível existir “economia sem saúde”, referindo que a doação “surge para defender as vidas”.
“E por isso estamos com o Ministério da Saúde, que está a defender a vida dos angolanos”, acrescentou.
“Este material vai ajudar neste esforço que o Governo de Angola está a fazer para defender a nossa população dessa situação tão difícil da disseminação desta doença perigosa e mortal”, notou.
A chefe da Delegação da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, explicou que o material faz parte de um pacote de medidas de alívio da UE, que está a apoiar o país na luta contra a pandemia, com cobertura em diferentes sectores.
Explicou que além do material de biossegurança que está a ser entregue, o Banco de Investimentos vai conceder um empréstimo de 50 milhões de euros ao Ministério da Saúde, que será combinado com uma doação de cinco milhões de euros para assistência técnica.
Jeannette Seppen sublinhou que, no âmbito económico, a União Europeia vai conceder 20 milhões de euros para reforçar as medidas de alívio sobre a economia informal e a Covid-19, bem como a inclusão social, criação de emprego, diminuição da vulnerabilidade e combate à pobreza.
Fonte:JA