Angola reafirma empenho na paz e estabilização do Tchad

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O ministro das Relações Exteriores, Téte António, disse, ontem, em Luanda, que Angola está empenhada na estabilização da situação política e militar na República do Tchad.

Téte António falava à imprensa, momentos antes de manter um  encontro bilateral com o homólogo do Tchad, Chirif Mahamat Zene, no quadro da visita do Presidente do Conselho Militar do Tchad, Mahamat Idris Déby, a Angola.
Mahamat Idris Déby foi recebido ontem, no Palácio Presidencial, pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, com quem abordou assuntos de interesse bilateral.

Segundo Téte António, a estabilização do Tchad é fundamental para a segurança na região da África central. No entanto, referiu que Angola não vai enviar militares ao Tchad e que aquele país está em condições para se defender, porque foi o Tchad que ajudou a estabilizar o Mali.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, o ataque dos rebeldes que vitimou o Presidente Idriss Déby “foi uma forte demonstração da instabilidade na região”. “Apoiamos o Tchad política e diplomaticamente”, disse, sublinhando que o apoio de Angola é concretizado também na Organização das Nações Unidas e na União Africana.  “O Tchad tem sido um parceiro na resolução dos conflitos em África”, acrescentou.
Téte António esclareceu que a cooperação entre Angola e o Tchad tem sido forte há sete anos e que as relações são excelentes. Os dois países, disse, estão engajados no fortalecimento das relações nos domínios da pecuária, agricultura, telecomunicações e energia.
 Téte António informou que Angola apoia a saída dos mercenários da zona de conflito sem armas  e de forma organizada para a estabilização do Tchad.

Angola e o Tchad, frisou, têm um Acordo Geral de Cooperação desde 2014 e um Memorando de Entendimento.
O ministro das Relações Exteriores, Integração Africana e dos Tchadianos no Exterior, Chirif Mahamat Zene, disse que as relações de cooperação entre os dois países devem ser fortalecidas na dimensão bilateral e regional.
 “É preciso estarmos engajados para que a cooperação seja frutífera para as duas partes”, disse.
 Reconheceu que a morte súbita do Presidente do Tchad levou o país ao caos, pois as milícias chegaram a 300 quilómetros da capital do país. Disse que neste momento o país prepara-se para realizar eleições para a escolha de um novo Presidente da República.
As delegações ministeriais de Angola e Tchad reuniram-se ontem no Ministério das Relações Exteriores, na sequência do encontro entre os Presidentes João Lourenço e Mahamat Idriss Déby.
Gabriel Bunga e César Esteves

Fonte:JA

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