Angola e Tunísia reeditam hoje, às 15h30, a final de 2016, quando se defrontarem no Palácio dos Desportos de Yaoundé, Camarões, em jogo das meias-finais da 24ª edição do Campeonato Africano das Nações (CAN) em andebol sénior feminino.
No último encontro entre angolanas e tunisinas, a Selecção Nacional venceu por convincentes 36-17. De lá para cá, as duas oponentes passaram por um processo de renovação, cujos efeitos foram mais visíveis do lado magrebino.
Hoje, a julgar pelas exibições na competição, aguarda-se por uma partida equilibrada, com desfecho reservado. Às Pérolas interessa a revalidação do título continental, por isso precisam de fazer um jogo irrepreensível, sem dar hipóteses para a equipa adversária.
A exploração das linhas de passe, assistências a pivô e pontas e uma primeira linha acutilante podem fazer a diferença nas contas finais. Ao combinado angolano recomenda-se ainda eficácia ofensiva, defesa coesa e rapidez nas transições.
Helena de Sousa (guarda-redes), Carolina Morais e Natália Bernardo (pontas), Liliana Venâncio (pivô), Magda Cazanga e Wuta Dombaxi (laterais), Isabel Guialo “Belinha” (central) podem formar o “sete” inicial.
Depois de terem sido destronadas em Luanda, 2016, e serem sombra de si mesmas no CAN de 2018, as tunisinas estão motivadas a fazer diferente e caso lhes seja permitido, jogar a final. Cientes da envergadura da oponente, seguramente têm uma estratégia que visa contrariar os propósitos.
Vitória sobre a RDC
Ontem, a Selecção Nacional despachou a similar do Congo Democrático por 29-20, em partida dos quartos-de-final. Doze minutos da primeira parte foi o tempo que as Pérolas precisaram para começar a desenhar a vitória.
Os minutos iniciais do desafio foram marcados pelo equilíbrio, com o placar a registar duas igualdades, 2-2 e 3-3. Numa jogada de contra-ataque, as comandadas de Filipe Cruz estabeleceram o parcial de 3-0, com o marcador a assinalar 6-3.
Ao denotarem algum nervosismo nalguns trechos do duelo, as campeãs africanas desperdiçaram dois livres dos sete metros. Isabel Guialo “Belinha”, Wuta Dombaxi e Magda Cazanga comandaram a primeira linha, e o “sete” nacional manteve-se à frente do marcador.
Na baliza, Helena de Sousa esteve em evidência ao frustrar, algumas vezes, os intentos das congolesas capitaneadas pela lateral direita Cristiane Mwassesa. Ao cabo de 30 minutos, Angola vencia por uma diferença de cinco golos, (15-10).
No reatamento, as pupilas de Filipe Cruz mantiveram a mesma postura, sem hipóteses para as congolesas darem a volta ao resultado. Mais ousadas a defender e a atacar, as campeãs africanas exploraram as fragilidades das oponentes.
Por mais que tentasse, ao combinado congolês faltou argumentos para contrapor o ímpeto ofensivo das angolanas. Com o triunfo, Angola garantiu a qualificação para o Campeonato do Mundo da Espanha, agendado para Dezembro.
Ainda ontem, a Tunísia derrotou 27-20 a Guiné. Às 16h00, Congo e Senegal mediram forças e duas horas depois entraram em cena as selecções dos Camarões e Nigéria.
Ao avaliar o desempenho das atletas frente às congolesas, Filipe Cruz esclareceu: “hoje estiveram mais concentradas, com mais intensidade. Pretendíamos marcar a nossa posição e tornar as coisas mais fáceis. Deste ponto de vista a equipa conseguiu cumprir as orientações em termos estratégicos”.
A seguir, o treinador acrescentou: “as jogadoras tiveram momentos de apagão, com péssima dinâmica em termos de eficácia”.
Prosseguindo justificou: “já aconteceu o mesmo no encontro anterior e quando assim é enervam-se e têm mais dificuldades. Tivemos uma boa primeira parte, muito coesa a nível da defesa. O terceiro jogo foi melhor, ou seja, estamos a subir de rendimento”, concluiu.
Fonte:JA