A informação foi avançada nesta terça-feira, 29, pelo administrador de Cacuaco Auxilio Jacob, durante a vista ao Hospital Municipal, manifestando-se consternado pelo que viu, assegurando que dentro da unidade hospitalar existe uma “rede de enfermeiros” que desvia os medicamentos para as farmácias que ficam nas imediações do hospital.
O governante informou que só foi possível, após um trabalho árduo dos Serviços de Investigação, Fiscalização e da Direcção Municipal de Saúde, detectarem que os medicamentos destinados ao hospital estavam a ser desviado para as farmácias que ficam nas proximidades do hospital, onde os Enfermeiros, através de uma prescrição médica recomendam os pacientes e familiares a compra dos medicamentos.
Auxilio Jacob disse ainda, o mais grave, é que as mesmas farmácias funcionam de forma ilegal e os medicamentos que muitos destes vendem, não são recomendáveis, porque muitos deles estão em língua estrangeiras, e por conseguinte, furtam-se em pagar imposto ao Estado, o que obrigou a direcção da fiscalização a encerrar estes estabelecimentos farmacêuticos, tendo dado um prazo de 48h para apresentarem os respectivos documentos.
O administrador frisou, que não ha necessidade do hospital municipal ter ruptura do estoque de medicamentos, tendo frisado que há quatro meses, que hospital não falta medicamento, e que não acreditou quando tomou conhecimento da falta dos fármacos.
Segundo ele, o que se verifica é a falta de ética e deontologia destes profissionais de saúde. Para alem do orçamento destinado ao hospital municipal a partir do OGE, a unidade hospitalar tem recebido regularmente apoio do ministério da Saúde, do governo provincial de Luanda e da própria administração municipal de Cacuaco.
De acordo com administrador, os enfermeiros assumiram que são eles que têm passado os medicamentos fora do hospital, e posteriormente serão responsabilizados criminalmente nos termos da lei.
Actualmente o hospital municipal de Cacuaco recebe orçamento mensal do OGE na ordem de 16 milhões de Kwanzas, reduzido na ordem de 50% de há dois anos, quando recebia cerca de 32 milhões de kwanzas.