Os activos externos de Angola recuaram 13,55 por cento em 2020, fixando-se em 14.879 milhões de dólares, penalizados por factores de contracção das reservas internacionais, como a dívida e despesas em moeda estrangeira.
Os dados constam na primeira edição do Relatório Anual dos Activos Externos que detalha a evolução das reservas internacionais de Angola em 2020, ontem divulgado no ‘site’ do Banco Nacional de Angola (BNA).
Na base desta evolução negativa esteve o saldo negativo de 3.963 milhões de dólares entre o volume dos factores de expansão e de contracção das reservas internacionais.
Os factores de expansão, compostos sobretudo pelas receitas do petróleo e diamantes, recursos da “Escrow Account” (conta de garantia) e financiamentos somaram 6.909 milhões de dólares contra os 10.872 milhões de dólares associados aos factores de contracção, relacionados aos desembolsos do serviço da dívida e despesas da CUT-ME (movimentos em moeda estrangeira da Conta Única do Tesouro), refere o relatório.
Em 2020, “procedeu-se à manutenção dos níveis de liquidez dos activos externos, com a realização de investimentos em instrumentos financeiros mais seguros”, destaca o documento, apontando a elevada volatilidade dos mercados financeiros internacionais devido aos impactos da pandemia da Covid-19, que originou a descida generalizada das taxas de juro de referência dos principais bancos centrais.
Fonte:JA