O bispo da Diocese do Dundo, D. Estanislau Marques Tchindecassi, disse, ontem, na vila da Muxima, no município da Quissama, em Luanda, que a falta de atenção ao pedido de ajuda dos que sofrem envolve o homem num egoísmo profundo.
Segundo o prelado, que falava no encerramento da peregrinação de 2021, a vida familiar seria mais feliz se todos aprendessem a ouvir, não apenas deixar a outra pessoa falar, mas esforçar-se por entender o que ela realmente diz.
D. Estanislau Tchindecassi, bispo do Dundo, na sua homilia de encerramento da peregrinação à muxima , convidou os fiéis a serem como Maria, que era obediente à palavra de Deus e levou a escuta dessa palavra até às últimas consequências.
Para o prelado, ser forte e não ter medo é o procedimento para se vencer os obstáculos por mais difícil que possam parecer. “Para ser forte é preciso ter fé, acreditar num Deus libertador, que está presente e não ignora o sofrimento”, sublinhou o bispo, quando transmitia a mensagem de Deus aos milhares de fiéis presentes na missa de encerramento.
Afirmou que em todas as áreas da vida é importante ouvir e o melhor serviço que se pode prestar às pessoas é o da escuta. “Quem não sabe escutar o seu irmão, em breve não saberá escutar”, sublinhou.
Para o prelado, além da surdez física há outra surdez que mais do que curada deve ser salva.
Lembrou que a mensagem transmitida sábado, tem os fiéis, dizia que não podemos viver, verdadeiramente, em harmonia com a nossa fé sem lhe darmos uma concretização do amor fraterno que desemboca na caridade.
O prelado terminou a sua mensagem pedindo a reconciliação das famílias de Angola, a cura pelos doentes, a consolação para aflitos , o perdão para pecados e a conversão de todas as pessoas.
O bispo pediu a Maria para amparar todos os jovens que não conseguem satisfazer os seus anseios de estudo ou de emprego. Pediu, igualmente, para que todos os governantes e súbitos aprendam a viver em paz e se eduquem para a paz, na verdadeira justiça.
Bispo de Viana
O bispo da Diocese de Viana, D. Emílio Sumbelelo, pediu às autoridades que na próxima peregrinação seja feita o lançamento das bases da futura basílica da Mamã Muxima,
O prelado recordou aos fiéis ser importante abrir os corações para escutar Maria, porque a alegria é chegar na casa do Senhor, tendo acrescentado que o espaço actual está a tornar-se cada vez mais pequeno, porque o desejo é transformar a Muxima em espaço num lugar de paz e reconciliação.
A governadora de Luanda, Ana Paula de Carvalho, que participou nas festas da Muxima pela primeira vez nesta quaidade, recordou que, a celebração da peregrinação da Mamã Muxima já remonta a longos anos. “Os últimos anos têm sido atípicos, por conta da Covid-19. Retomou-se a peregrinação, mas de forma cautelosa”, lembrou.
Em declarações à imprensa, o chefe de operações dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros, superintendente-chefe Hermínio Cazucuta, informou que, estiveram mobilizados na Muxima 215 efectivos dos municípios de Talatona, Viana, Luanda, Icolo e Bengo e Quissama.
Os efectivos têm à disposição 20 extintores, instalados em diversas áreas da vila da Muxima, com destaque para os parques de estacionamento e zona de geradores, além de duas viaturas de resgate, um pronto-socorro e três ambulâncias, acrescentou que os serviços sábado, extinguiram um incêndio no top da Fortaleza da Muxima, provocado por um fiel não identificado.
Fonte:JA