“O Bloco Democrático não é alternativa ao poder”

0
203

Luís do Nascimento, um dos três candidatos a presidente do Bloco Democrático (BD), na Convenção (congresso) do final deste mês, admite que aquele partido não se apresenta como alternativa ao poder mas de política.

“Contrariamente ao que ultimamente se vem afirmando, o objectivo do BD não é o de afastar, pura e simplesmente, do poder o partido da situação e substituí-lo por outro”, sublinha o político nas “linhas de forças” da sua candidatura, enviada, ontem, à Redacção do Jornal de Angola.
“O BD que presidirei não entrará em concertações de poder que têm por único objectivo a alternância, nem aceitará a bipolarização da política nacional”, garante.

O candidato acrescenta que “o BD, comigo na presidência, promoverá uma ampla federação com a sociedade civil, com os independentes, notáveis, movimentos reivindicativos, sindicatos, associações e todos os cidadãos que se reconhecem na identidade BD e nos postulados gerais do seu propósito de ‘transformar Angola numa potência de dimensão atlântica para enriquecer os angolanos’, através da liberdade, modernidade e cidadania”.

Luís do Nascimento pretende, também, impedir a maioria absoluta a qualquer partido nas próximas eleições gerais. “Como presidente do BP, o projecto eleitoral que terá a chancela da sociedade civil para as eleições de 2022 visará impedir a maioria absoluta a qualquer partido”, diz.

Ao parafrasear o falecido frei João Domingos, que considerava a maioria absoluta uma “quase ditadura”, Luís do Nascimento promete, igualmente, impedir a bipolarização da política nacional e formar “um grupo parlamentar forte” na Assembleia Nacional, de maneira a “fazer a defesa do social nas políticas públicas e impedir a predação total do país”.
“Como presidente, o sentido das eleições gerais de 2022, para o BD, não será o poder, pois o que está em jogo não é uma questão de poder mas de política”, sublinha. O jurista adianta que “o BD quer a mudança, sempre se apresentou como um partido de confiança e quer ser força da mudança ao serviço da sociedade”.  

Para a presidência do BD, concorrem três candidatos e não dois, como noticiou o Jornal de Angola na sua edição de 13 de Maio. Além de Luís do Nascimento, são candidatos Filomeno Vieira Lopes e Américo Valentim de Jesus. Um deles vai substituir Justino Pinto de Andrade que, tal como João Baruba, é candidato a vice-presidente. Adão Ramos e Muata Sebastião concorrem ao cargo de secretário-geral, ocupado actualmente por João Baruba.
A VI Convenção do BD realiza-se nos próximos dias 28, 29 e 30, em Luanda. Além da eleição da direcção, os delegados ao conclave deverão decidir, ainda, a continuidade ou não do BD na coligação CASA-CE.

Fonte:JA

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui