O Bloco Democrático é uma imanação de Frente para a Democracia-FPD, em que o economista Filomeno Vieira Lopes, o agora candidato à presidência do Bloco Democrático (BD), foi líder máximo enquanto esteve no bloco denominado POC´s na altura em que o malogrado Paulino Pinto João era presidente daquela organização que unia as forças sem assento no parlamento. Mas antes a UNTA e a FNLA eram parte integrante do bloco POC`s.
N´goma Pedro João
No ano de 2008, o FPD convocou uma manifestação em que Filomeno Vieira Lopes afirmara que “vamos organizar-nos, marchar tranquila e legalmente para a Angola que todos queremos. Vamos na paz e alegria. Estamos emocionados e queremos a sua participação. Não aceitem intimidações”, considerou o político, quando procedia à leitura de uma Carta endereçada ao povo angolano.
Para Filomeno Vieira Lopes, é chegado o momento da sua força política mostrar à Angola os seus planos e programa de governação, razão pela qual convidou todos os simpatizantes a participarem dos actos de massa convocado na altura.
O político diz-se estar solidário para com os angolanos que têm sido alvo do esbulho de terras a pretexto de reservas fundiárias do Estado ou de entidades singulares investidas de poder que ocupam vastas parcelas de terra.
A reacção do candidato à liderança do «Bloco» surge na sequência de um documento tornado público pela Rede Terra, datado de 4 de Abril de 2021, no qual esta ONG “exige e desafia à Assembleia Nacional, o Titular do Poder Executivo (TPE), à Provedoria de Justiça e às igrejas para um debate nacional sério e responsável sobre os territórios tradicionais”.
No documento de protesto, a Rede Terra revela que não pode haver desenvolvimento que escolha lugares e pessoas ou, ainda, desenvolvimento em permanente estado de insegurança de posse. “Queremos títulos de terras que protejam a dignidade da vida humana em territórios protegidos pelo direito consuetudinário”, diz a nota da Rede Terra, à qual Filomeno Vieira Lopes manifestou a sua solidariedade.