O Governo apelou, ontem, aos jovens a conhecer os factos históricos do país, para que tenham a noção do quanto custou a conquista da Independência Nacional.
Ao intervir no acto central nacional das celebrações do 15 de Março, data que assinala o Dia da Expansão da Luta Armada de Libertação Nacional, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, referiu que a efeméride deve ser vivida com entusiasmo, devido ao sacrifício consentido pelos homens e mulheres que se rebelaram contra o regime colonial, culminando com o alcance da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975.
“A História registou uma longa lista de nacionalistas que se encontravam submetidos à pena de trabalhos forçados, muitos dos quais participantes na acção heróica do 4 de Fevereiro de 1961”, disse.
Para Eugénio Laborinho, nomes de nacionalistas como Afonso Dias da Silva, Agostinho Manuel Neto, Augusto Cardoso, Domingos Kazumbula, Imperial Santana, Lourenço Contreiras, Paiva Domingos da Silva, Salvador Sebastião, Virgílio Sotto Mayor e outros que devem ser exaltados, não apenas nas celebrações do 15 de Março, mas todos os dias.
“É com o espírito dos milhares de angolanos que se revoltaram contra o colonialista português que nos devemos manter firmes. Devemos confiar nos jovens, nos homens, nas mulheres de Angola, nos velhos , idosos, polícias , militares , padeiros, agricultores e fazendeiros. Devemos todos confiar na nossa coragem, pois é grande a vontade de vencer. Temos de confiar em todos nós, para desenvolvermos o nosso país, como sonharam os que lutaram durante décadas contra a escravatura e tortura coloniais”, sublinhou.
O ministro reconheceu que o povo consente vários sacrifícios, porquanto luta para sobreviver, para conseguir o que é essencial e básico na vida.
Populações vulneráveis
Eugénio Laborinho salientou que no quadro das acções de Inclusão Produtiva que têm vindo a ser implementadas em todo o país, particularmente os do Projecto de Desenvolvimento Local (PDL) e do Programa de Fortalecimento da Protecção Social – Kwenda, o Fundo de Apoio Social ( FAS) , tem vindo a cadastrar e apoiar as populações vulneráveis, agrupadas em associações, cooperativas ou organizadas de forma individual e que desenvolvem actividades em diversas áreas, como a agricultura, pecuária, pesca e comércio.
“Aqui, na Lunda-Norte, procedeu-se ao primeiro cadastramento de 23.010 famílias no município do Cuango, abrangendo as comunas sede e Luremo, envolvendo 141 comunidades, entre bairros e aldeias, sendo esta acção inicial a considerar como etapa de inclusão no Programa Kwenda, onde se inserem também os ex-militares”, afirmou.
Eugénio Laborinho destacou que as acções de transferências monetárias e inclusão produtiva para os primeiros beneficiários no município do Cuango vão ser entregues ainda este semestre.
PIIM
O ministro do Interior recordou que o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios ( PIIM) na Lunda-Norte, com uma carteira de 74 projectos, orçados em mais de 18 mil milhões e 921 milhões de kwanzas, já é uma realidade.
Actualmente, 68 dos 74 projectos aprovados para a Lunda-Norte estão em curso, com níveis de execução física a rondarem 31 por cento contra 24 por cento da financeira.
Lembrou que das acções inscritas no PIIM destacam-se 21 do sector da Educação, um projecto de terraplanagem da via entre Cuango/Cafunfo, Luremo, até à fronteira com a República Democrática do Congo(RDC).
Fonte:JA